Fabrício Queiroz, que está preso, trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj e teria comandado o esquema de 'rachadinhas' - Arquivo Pessoal
Fabrício Queiroz, que está preso, trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj e teria comandado o esquema de 'rachadinhas'Arquivo Pessoal
Por O Dia
Rio - O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio autorizou a quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, e do ex-policial militar Fabrício Queiroz. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado e autorizado no dia 24 de abril. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo.
A quebra de sigilo bancário foi autorizada no período entre janeiro de 2007 a dezembro de 2018. O juiz Flávio Nicolau, responsável pela decisão, também autorizou a quebra do sigilo fiscal dos investigados, entre 2008 e 2018. O magistrado destacou no documento que o afastamento é "importante para a instrução do procedimento investigatório criminal". 
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A Justiça também quebrou o sigilo bancário da esposa de Flávio, Fernanda Bolsonaro; uma empresa deles, Bolsotini Chocolates e Café Ltda; as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn; e a esposa do ex-assessor, Marcia.
A defesa de Queiroz divulgou uma nota dizendo receber a notícia com "tranquilidade". "A defesa de Fabrício Queiroz e família recebe a notícia com tranquilidade, uma vez que seu sigilo bancário já havia sido quebrado e exposto por todos os meios de comunicação", diz a nota. O texto diz ainda se tratar de "mera tentativa de dar aparência de legalidade a um ato que foi praticado de forma ilegal".
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Em nota, o senador disse ter tido o sigilo bancário quebrado ilegalmente. Confira a íntegra:
"O meu sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial. Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional após o Chefe do MP/RJ, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos.
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Somente agora, em maio de 2019 - quase um ano e meio depois - tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses.
A verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro".