Em relação à segurança no campus: a UFRJ conta com apoio da Polícia Militar nas áreas externas. A partir de junho, a Cidade Universitária contará com um reforço na segurança e patrulhamento das vias urbanas. A Prefeitura da UFRJ assinou com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e a Secretaria de Estado de Governo e Relações Institucionais (Segov) o convênio para implantação do projeto Rio + Seguro Fundão.
Com o programa, a Cidade Universitária será dividida em três setores, vigiados por policiais militares e guardas municipais. A experiência do Rio + Seguro já é conhecida pelos moradores dos bairros de Copacabana e Leme e pelos frequentadores do Parque Garota de Ipanema. É um patrulhamento preventivo com ações e posturas municipais, inspirado em programas de bairros seguros, como o de Nova Jersey, nos Estados Unidos".
O campus da Ilha do Fundão registrou diversos casos de violência no ano passado. Em maio de 2018, a administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disse que pretendia reforçar o efetivo de segurança, aumentar a iluminação, instalar mais câmeras de vigilância e fazer estudos de trânsito para avaliar a possibilidade de fechar algumas das entradas e saídas do campus diante da onda de violência que atingiu o Fundão.
"Este ano tivemos ao menos sete casos gravíssimos de sequestros no campus. Infelizmente a Cidade Universitária se tornou alvo de situações de extrema violência, gravidade e terror, que estão causando dor, angústia e preocupação a nossa comunidade acadêmica" disse o professor Roberto Leher, reitor da UFRJ, na ocasião.
No mesmo ano, um casal de pesquisadores foi sequestrado por criminosos na entrada do campus. Eles ficaram na mira dos bandidos por nove horas, quando foram libertados no em Belford Roxo, na baixada Fluminense.
Os pesquisadores ainda revelaram que enquanto estavam sendo feito reféns, os bandidos debocharam da policiamento no local do sequestro, afirmando que a patrulha de vigilância era "inútil" e que mais duas “equipes" de criminosos estavam no Fundão para fazer novas vítimas.
Três dias após o sequestro do casal, uma aluna do curso de nutrição também foi vítima do mesmo crime. A vítima, que estagia em um dos laboratórios do Instituto de Pesquisa Carlos Chagas Filho, foi abordada por dois homens armadas e capturada em uma rua próxima ao bloco N do Centro de Ciência da Saúde da universidade. A jovem teve os pertences roubados (uma mochila, um computador e um celular) e foi obrigada a sacar dinheiro para os bandidos. Ela ficou 20 minutos em poder dos criminosos, sendo liberada na altura do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ainda na Cidade Universitária. A informação foi confirmada pela Divisão de Segurança da Universidade.