O músico Evaldo Rosa dos Santos foi baleado na Estrada do Camboatá - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
O músico Evaldo Rosa dos Santos foi baleado na Estrada do CamboatáReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por RENAN SCHUINDT
Rio - Única ministra a votar pela manutenção da prisão de todos os militares envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo, a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha afirmou que os militares denegriram a imagem do Exército e apontou a região e a condição social das vítimas como fatores determinantes para suas mortes.

Durante a discussão, que acontece nesta tarde, em Brasília, em razão do julgamento do habeas corpus dos nove militares envolvidos no caso, a magistrada citou uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, que aponta o órgão militar como o mais confiável do país na opinião da população.

Em sua fala, Maria Elizabeth disse que a região e a condição social das vítimas foi crucial para a decisão dos militares na hora de atirar. "Eles atiram contra um carro que havia mulheres e uma criança. Eles não saíram prontos a praticar essas mortes. Não houve dolo, mas há a culpa. Duvido que isso aconteceria com um morador de Ipanema, vestindo Hugo Boss", afirmou a magistrada".

Já o relator, o ministro Lúcio Mário de Barros Goes, favorável à soltura dos acusados, lembou que o quê estava em julgo era o habeas corpus, não a culpabilidade ou inocência dos réus. "Não estamos aqui para dizer qual será a pena mais adequada. Para isso, já está existe uma ação penal em andamento", argumentou.