O caso aconteceu no último dia 7 de abril - Reprodução / Internet
O caso aconteceu no último dia 7 de abrilReprodução / Internet
Por RENAN SCHUINDT
Rio - Os ministros do Superior Tribunal Militar (STM) decidiram pela liberdade dos nove dos 12 militares acusados de participação na morte do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo, ocorridas no mês passado, em Guadalupe, Zona Norte do Rio. Por dez votos, o magistrados entenderam que o ideal seria o relaxamento da prisão. O alvará de soltura está sendo expedido, o que significa que os militares podem ser liberados a qualquer momento.
Em conversa com O DIA, o advogado da família de Evaldo, Andre Perecmanis, disse que encara a decisão com muita preocupação. "São famílias que já foram vítimas da ação do Estado. Esta seria uma excelente oportunidade para que o poder público tomasse uma decisão que lhes dessem um minimo de tranquilidade e proteção. Lamentavelmente, mais uma vez a Justiça toma uma decisão que vai deixa-los ainda mais desprotegidos. Agora, estão à merce dos seus algozes", disse. 
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Ainda de acordo com o advogado, a viúva de Evaldo, Luciana Nogueira, está muito abalada com a decisão. Na audiência de oitivas, ocorrida na última terça-feira no Rio, ela chegou a passar mal e precisou de atendimento médico antes de dar seu depoimento.
Já o filho de criação do músico, disse à reportagem que se sente indignado. "Dá uma revolta muito grande. A justiça só serve para eles. Esse país não tem mais jeito", desabafou Daniel.
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Antes da suspensão do julgamento do habeas corpus, quatro ministros já haviam votado a favor da liberdade dos militares. Apenas uma ministra havia se posicionado a favor da prisão. Na retomada de hoje, outros seis ministros foram favoráveis à soltura. Agora, a defesa terá um prazo para indicar suas testemunhas. Novas perícias devem ser realizadas antes da marcação do julgamento.