Cerca de 2.400 internos vão mudar de cadeia - Divulgação / Seap
Cerca de 2.400 internos vão mudar de cadeiaDivulgação / Seap
Por O Dia
Rio - A Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) está fazendo, desde as primeiras horas desta sexta-feira, uma megaoperação para transferir cerca de 2.400 presos entre quatro presídios do estado. Além das transferência, os agentes chegaram a apreender 82 celulares e 17 presos flagrados com aparelho e um com droga, até o momento.
De acordo com a Seap, a transferência acontece para a abertura de uma unidade de regime semiaberto para internos que declaram não pertencer a nenhuma facção criminosa. A medida atende a uma recomendação da Corte Internacional de Direitos Humanos.
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As transferências envolvem os institutos penais Edgar Costa (Niterói), Plácido de Sá Carvalho (Bangu) e Benjamin de Moraes Filho (Bangu) e a Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira (Bangu). O Benjamin de Morares será a unidade que irá receber os presos sem facção.
"Esta operação de grandes proporções é muito significativa, pois além do estado atender à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, também otimiza o atendimento nas unidades prisionais do Rio, oferecendo melhores condições de trabalho aos servidores e mais dignidade aos presos" avalia o secretário de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo.
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A Seap avisa que quem foi flagrado com celular e/ou droga vai responder a processos disciplinares, após o registro de ocorrência.
Celulares apreendidos nas celas - Divulgação / Seap
A operação conta com 400 inspetores penitenciários e envolve servidores da Subsecretaria de Gestão Operacional, do Serviço de Operações Especiais (SOE), das coordenações de área e da Corregedoria e Superintendência de Inteligência (Sispen).
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A secretaria diz que vem realizando ações para impedir a entrada de materiais proibidos dentro dos presídios. Segundo a pasta, desde o início do ano, já foram apreendidos 4.880 celulares em inspeções realizadas pelos próprios inspetores penitenciários, através da operação Asfixia.
Além das apreensões, nove inspetores foram flagrados tentando entrar com objetos proibidos nas cadeias, na chamada operação Iscariotes.
Transferência envolve quatro cadeias - Divulgação / Seap
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Já na operação Bloqueio, para impedir visitantes de infringirem as regras de segurança do sistema, 16 pessoas foram presas tentando entrar com drogas e celulares nas cadeias.
"Isso mostra o empenho da atual gestão em combater este tipo de crime, 'cortando na própria carne', se for preciso", a Seap reforça, através de nota, dizendo que no mesmo período do ano passado, nenhum servidor foi flagrado cometendo as mesmas ilegalidades. "É importante afirmar que todas as operações são realizadas pelo próprio corpo funcional da Seap", a secretaria acrescenta.