Pelo menos 12 carros de som se espalharam pela Orla - Clever Felix / Parceiro/Agência O Dia
Pelo menos 12 carros de som se espalharam pela OrlaClever Felix / Parceiro/Agência O Dia
Por GABRIEL SOBREIRA e PALOMA SAVEDRA
Rio - Milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo se concentraram na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste domingo, para um ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Os organizadores estimam que a manifestação reuniu 800 mil pessoas. Já a Polícia Militar informou que não fez a estimativa do número de presentes.
De acordo com o arquiteto e urbanista Sérgio Poggi, a estimativa de público da manifestação em Copacabana era de 60 mil pessoas. "O trecho entre as ruas Sá Ferreira e Xavier da Silveira tem cerca de 700 metros. A largura de cada pista é de uns 11 metros, o canteiro central tem cerca de 8 metros. Então, se calcularmos 30 metros por 700 metros (30m x 700m), dá 21 mil m²", explicou.

Ainda segundo o especialista, apenas em dois trechos a multidão ocupava duas pistas. "Vamos considerar então uns 70% dessa área para efeito de cálculo. Dá uns 15 mil m². Se colocarmos quatro pessoas por m², uma lotação bem razoável, dá 60 mil pessoas".
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Com o rosto pintado, a fisioterapeuta Gilvana Delfino, de 50 anos, foi acompanhada da empresária Gynna Melo, 41, ao ato. 
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"Bolsonaro é o cara. O povo tem que vir. Tinha que ter mais. Somos vizinhas do lado dele", conta Gilvana, que, assim como a maioria dos manifestantes, fazia muitas selfies. "Estamos aqui a favor do presidente, da reforma da Previdência e do pacote anticrime. A reforma é fundamental porque todos nós sabemos que o país foi roubado trilhões pelo PT, 16 anos de roubo", afirma Gilvana.

Galeria de Fotos

Manifestantes realizam ato em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro em Copacabana César Sales/Am Press e Images/Estadão Conteúdo
Protesto também defende a reforma da Previdência Clever Felix / Parceiro/Agência O Dia
Manifestantes pedem que o Coaf fique no Ministério da Justiça Clever Felix / Parceiro/Agência O Dia
Pelo menos 12 carros de som se espalharam pela Orla Clever Felix / Parceiro/Agência O Dia
O boneco batizado de Pixuleco foi inflado Clever Felix / Parceiro/Agência O Dia
Faixas de apoio ao senador Flávio Bolsonaro Clever Felix / Parceiro/Agência O Dia
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CONCENTRAÇÃO

Os manifestantes começaram a chegar à Orla de Copacabana por volta das 10h. As saídas do metrô do bairro (Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo) estavam cheias. Por volta das 10h30, carros de som se concentraram na altura do Posto 5, e na altura da Rua Xavier da Silveira.

Cerca de 12 carros de som se espalharam pela Orla. Eles tocavam funk com exaltação ao presidente, fiéis rezavam e gritavam palavras de ordem com faixas enaltecendo o governo e criticando desafetos. Os hinos Nacional e da Bandeira eram cantados a plenos pulmões.

"Sempre estamos em manifestações de apoio ao nosso presidente", conta, orgulhoso, o capixaba Luís Carlos Demoler, 41, dono do cavalo Oásis, um dos mais requisitado para fotos.
BONECOS INFLÁVEIS

Quem também disputava a atenção do público, que invadia as areias da praia, eram dois bonecos infláveis. Um, de três metros de altura, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com bolsos cheios de dinheiro. Outro, de uns cinco metros, com "13-171" escrito, do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).

"Viemos também dar apoio e postar as fotos nas redes sociais", disse o técnico de eletrônicos Walter Pereira, 33, morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele estava acompanhado da filha, Ana Lyvia, 13.
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COAF

Para o corretor de imóveis Anderson Bourner, líder do Movimento Nas Ruas no Rio de Janeiro, presente na manifestação, o movimento foi maior do que eles imaginavam. "Acredito que tivemos umas 800 mil pessoas. Toda a Avenida Atlântica lotada. Creio que vai ficar até a última pessoa que sair daqui, umas 16/17h", acredita.

Bourner diz que além de reforma da Previdência e do pacote anticrime, o encontro também defende a MP 870. "A gente quer realmente que reduza os ministros. E que a Coaf passe a ser também do Sérgio Moro (ministro da Justiça) e não passe para o Paulo Guedes (ministro da Economia)", frisa.