Ainda segundo o especialista, apenas em dois trechos a multidão ocupava duas pistas. "Vamos considerar então uns 70% dessa área para efeito de cálculo. Dá uns 15 mil m². Se colocarmos quatro pessoas por m², uma lotação bem razoável, dá 60 mil pessoas".
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Os manifestantes começaram a chegar à Orla de Copacabana por volta das 10h. As saídas do metrô do bairro (Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo) estavam cheias. Por volta das 10h30, carros de som se concentraram na altura do Posto 5, e na altura da Rua Xavier da Silveira.
Cerca de 12 carros de som se espalharam pela Orla. Eles tocavam funk com exaltação ao presidente, fiéis rezavam e gritavam palavras de ordem com faixas enaltecendo o governo e criticando desafetos. Os hinos Nacional e da Bandeira eram cantados a plenos pulmões.
"Sempre estamos em manifestações de apoio ao nosso presidente", conta, orgulhoso, o capixaba Luís Carlos Demoler, 41, dono do cavalo Oásis, um dos mais requisitado para fotos.
Quem também disputava a atenção do público, que invadia as areias da praia, eram dois bonecos infláveis. Um, de três metros de altura, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com bolsos cheios de dinheiro. Outro, de uns cinco metros, com "13-171" escrito, do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).
"Viemos também dar apoio e postar as fotos nas redes sociais", disse o técnico de eletrônicos Walter Pereira, 33, morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele estava acompanhado da filha, Ana Lyvia, 13.
Para o corretor de imóveis Anderson Bourner, líder do Movimento Nas Ruas no Rio de Janeiro, presente na manifestação, o movimento foi maior do que eles imaginavam. "Acredito que tivemos umas 800 mil pessoas. Toda a Avenida Atlântica lotada. Creio que vai ficar até a última pessoa que sair daqui, umas 16/17h", acredita.
Bourner diz que além de reforma da Previdência e do pacote anticrime, o encontro também defende a MP 870. "A gente quer realmente que reduza os ministros. E que a Coaf passe a ser também do Sérgio Moro (ministro da Justiça) e não passe para o Paulo Guedes (ministro da Economia)", frisa.