Preso na operação contra milícia matou colegas PMs por divergências
Em fevereiro de 2017, quando Alan de Moraes Nogueira, o Cachorro Louco, era PM, matou dois colegas de farda em um sítio do líder da quadrilha alvo da ação desta sexta, Orlando Curicica
Operação desta sexta e contra quadrilha liderada por Orlando CuricicaArmando Paiva / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - Uma das pessoas contra quem foi cumprido mandado de prisão na Operação Entourage, que a Polícia Civil realiza nesta sexta-feira, é acusado de ter matado dois PMs na época em que também era policial militar. Alan de Moraes Nogueira, o Cachorro Louco, teria assassinado Rodrigo Severo Gonçalves e José Ricardo da Silva, em um sítio em Guapimirim, na Região Metropolitana do estado, no dia 25 de fevereiro de 2017.
De acordo com as investigações, Alan, o próprio Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, líder da quadrilha, e o ex-bombeiro Luiz Claudio Ferreira Barbosa, o Claudinho, mataram os PMs por causa de uma disputa por territórios da milícia. O sítio usado por eles é de Orlando Curicica.
Orlando Curicica; o ex-PM Alan de Moraes Nogueira, Cachorro Louco; e Luis Cláudio Ferreira Barbosa, o Claudinho - Reprodução
Publicidade
Os corpos das vítimas foram queimados e jogados, no dia seguinte, na Cidade Alta, em Cordovil, para confundir a polícia, como se os traficantes da comunidade da Zona Norte tivessem sido os responsáveis pelas mortes.
A operação desta sexta é feita pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH) para cumprir 30 mandados de prisão e outros 62 de busca e apreensão contra a quadrilha de Orlando Curicica. O grupo é acusado de aterrorizar moradores e comerciantes do Terreirão (Recreio), Camorim e Parque Carioca/Jambalaya (Curicica) e Merck, Boiúna, Santa Maria, Mapuá, Lote 1000, Pau da Fome, Tancredo, Jordão e Teixeiras (Jacarepaguá).
Os ex-PMs assassinados José Ricardo da Silva e Rodrigo Severo Gonçalves - Reprodução