Corpo de Marcela de Souza Oliveira foi encontrado em um rio - Arquivo Pessoal
Corpo de Marcela de Souza Oliveira foi encontrado em um rioArquivo Pessoal
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - Feminicídio é uma das hipóteses que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) trabalha na apuração da morte da advogada Marcela de Souza Oliveira, de 26 anos. Entretanto, outras linhas de investigação também são apuradas. Ao menos cinco pessoas, entre parentes e vizinhos do local onde a mulher desapareceu, já foram ouvidas na sede da especializada em Belford Roxo. O crime de feminicídio, conforme a polícia, não é necessariamente cometido por alguém próximo à vítima.

Os pais de Marcela também conversaram com os policias. Eles descartaram a hipótese de que ela tivesse alguma rixa com alguém ou estivesse sofrendo ameaças.

O corpo de Marcela, que estava desaparecida desde a última segunda-feira, será enterrado na tarde desta segunda-feira, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu. Os restos mortais da jovem foram encontrados na tarde de sábado no Rio Iguaçumesmo local onde foram achados a bolsa, documentos e as roupas dela, na sexta.
Corpo de Marcela foi encontrado no Rio Iguaçu - Reprodução
O corpo foi encontrado em um local de difícil acesso e a cerca de 40 minutos da casa do seu namorado, o vidraceiro Willian Santos. Perícia feita pela DHBF na casa dele revelou que não houve arrombando e nem sinais de luta corporal dentro da casa. Também não foi encontrado sinais de sangue.
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Por estar em avançado estado de decomposição, o corpo de Marcela precisou passar por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu para que os legistas identificassem a causa da morte. O laudo apontou que ela foi morta por um tiro na cabeça e não foram encontrados sinais de violência sexual em seu corpo.
O laudo do IML deverá ser entregue nas próximas horas ao delegado Moyses Santana, titular da DHBF.
Marcela ficou desaparecida há quase uma semana - Reprodução
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Marcela foi vista pela última por Maria da Penha Oliveira, sua mãe. Ela estava na casa do namorado, onde passou a noite e ali combinou de almoçar com os pais. 
Maria Penha disse que horas antes de a filha desaparecer falou com ela. A jovem disse que colocaria comida para as cachorras e ia para casa. Desde então, a família não teve informações da universitária.
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O namorado contou que saiu de casa para ir ao trabalho e que a namorada continuou no local, dormindo.
Os pais da jovem, ainda no sábado, afirmaram ter certeza de que ela havia sido assassinada.
Marcela Oliveira tinha 26 anos - Reprodução Facebook


Os investigadores classificaram a morte da advogada como "caso sinistro demais" e não descartam a possibilidade de uma pessoa ter sido contratada para matá-la. 
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Sérgio Santana, amigo da família, diz que Marcela era muito amada e muito gentil. "Uma pessoa do bem e que era amada pelos pais. Apesar de ser uma região deserta, era normal ela fazer aquele trajeto. Não entendemos o que aconteceu".
Região entre a casa da advogada e da família é deserta - Reprodução