Neymar presta depoimento na Cidade da Polícia - Armando Paiva / Agência O Dia
Neymar presta depoimento na Cidade da PolíciaArmando Paiva / Agência O Dia
Por Bruna Fantti
Rio - Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira pessoas se aglomeravam na porta da Cidade da Polícia, no Jacare, na Zona Norte do Rio. O motivo não era a expectativa da prisão de um procurado da Justiça, mas a passagem do atacante Neymar Jr., esperado para depor na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). O astro foi prestar esclarecimentos sobre o vazamento de imagens íntimas da mulher que o acusa de estupro.

Por volta das 19h, os dois portões da Cidade da Polícia foram fechados com cadeados. Ninguém poderia entrar ou sair. Isso fez com que o boato de que o depoimento havia sido transferido perdesse força e, mães que estavam esperando o craque com filhos de colo, voltaram a se aglomerar no portão principal da unidade.

"Neymar vai chegar, quero um autógrafo para o meu filho, sei que ele é inocente", afirmou Jandira Gomes, moradora do Jacarezinho, comunidade localizada na frente do local que reúne as delegacias especializadas da Polícia Civil.

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Jogador foi cercado por uma multidão Armando Paiva / Agência O Dia
Neymar agradeceu o carinho das crianças que foram recepcioná-lo Armando Paiva / Agência O DIA
Depoimento do jogador durou cerca de 1h30 Armando Paiva / Agência O Dia
Neymar presta depoimento na Cidade da Polícia Armando Paiva / Agência O Dia
Jogador precisou de apoio após mais uma lesão no tornozelo Armando Paiva / Agência O Dia
Jogador é acusado de estupro por uma modelo de São Paulo Armando Paiva / Agência O Dia
Craque foi cercado por uma multidão Armando Paiva / Agência O Dia


Eram 19h15 quando uma van cinza, com vidros cobertos por insulfilm começou buzinar pedindo passagem. Crianças e jovens começaram a empurrar o veículo, que era conduzido por dois PMs à paisana, responsáveis pela segurança particular do jogador.

Com a passagem bloqueada, o veículo recuou e foi para uma entrada lateral. A multidão, segurando celulares e em histeria, gritava atrás, em uníssono "Neymar, Neymar" e "força".
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Ao descer do veículo, o jogador pediu muletas. Indagado pelo DIA se sabia que era crime a divulgação das imagens íntimas, não quis responder. Um meio sorriso surgiu em resposta ao que ele achava do carinho dos fãs que foram recepcioná-lo.

A imprensa o cercou rapidamente e policiais civis foram ajudar na sua locomoção. Uma cadeira de rodas foi oferecida ao jogador, que aceitou.

Ao entrar no prédio o empurra-empurra dos jornalistas quase derrubou a fachada de vidro da DRCI. Um cinegrafista teve os óculos pisoteados.
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Dentro da unidade, delegados de outras unidades agiram como guarda-costas do jogador e impediram a entrada dos repórteres.

Ao lado de dois advogados, o jogador começou a prestar seu depoimento, que durou 1h30.

Alguns policiais começaram a reclamar da demora da abertura dos portões, que foram fechados para evitar a entrada da multidão. Eles foram proibidos de sair do local. Outros, queriam filmar recados do ídolo para os filhos.
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O jogador concedeu uma breve declaração ao sair. "Queria agradecer aos fãs, amigos. Obrigado pelo carinho! Só queria agradecer o carinho de todos", disse, se equilibrando nas muletas, antes de entrar na van para ir embora.

A advogada, Maíra Fernandes, afirmou que o inquérito segue sob segredo de justiça e que não poderia dar detalhes, como se o celular havia sido apreendido. "Estamos absolutamente confiantes da inocência dele", declarou.