Milicianos tiravam fotos de vítimas antes de serem executadas - Reprodução / TV Globo
Milicianos tiravam fotos de vítimas antes de serem executadasReprodução / TV Globo
Por O Dia
Rio - Milicianos que atuam no Município de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, tiravam fotos de suas vítimas momento antes de executá-las. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo RJTV 2, da TV Globo. O grupo é investigado pela Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), que aponta que a organização criminosa torturava, matava e desaparecia com os corpos de desafetos e inimigos.
Um mototaxista teve o coração arrancado pelos milicianos após ter sido morto. O grupo paramilitar acreditava que o homem teria dado informações a traficantes sobre um dos integrantes do bando, Wanderson da Silva Oliveira, de 25 anos, o Júnior ou Juninho, que foi morto em março passado.
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Durante a operação de quinta-feira, apolícia encontrou uma espada samurai na casa de um dos investigados. Segundo o Ministério Público, ao menos cem pessoas foram executadas pela milícia em Itaboraí.

Nesta sexta-feira, policiais da Delegacia de Homicídios, em conjunto com promotores do Ministério Público (MP), encontraram 14 corpos e restos mortais em um cemitério clandestino também em Itaboraí. De acordo com o delegado Gabriel Paiva, os 14 corpos estavam em covas rasas. A DHNSGI e o MP acreditam que ao menos dois cemitérios clandestinos foram usados pelos milicianos para desovar os corpos.

Segundo um dos promotores do MP, os corpos e restos mortais seriam de desafetos de milicianos ligados à Orlando Curicica e Renatinho Problema.