Rio,10/07/2019 - ATERRO DO FLAMENGO - Cardeno Especial - Equipe Detran Seguro. Operação Detran Seguro vai acontecer diariamente. Agentes farão verificacação dos equipamentos obrigatórios, além de orientar os motoristas.Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia - Cléber Mendes
Rio,10/07/2019 - ATERRO DO FLAMENGO - Cardeno Especial - Equipe Detran Seguro. Operação Detran Seguro vai acontecer diariamente. Agentes farão verificacação dos equipamentos obrigatórios, além de orientar os motoristas.Foto: Cléber Mendes/Agência O DiaCléber Mendes
Por O Dia
Rio - Em cima de um tripé, uma câmera faz a leitura de cada uma das placas dos carros que cortam o Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. Com base nos números, o sistema OCR (sigla em inglês para se referir ao Reconhecimento Óptico de Caracteres) cruza as informações com o banco de dados do Detran.RJ para verificar se há pendências do veículo e até do motorista. A tecnologia tem sido importante para garantir mais agilidade ao trabalho de fiscalização, minimizando os efeitos das blitzes no trânsito.
Mais à frente, com um tablet nas mãos, o coordenador da ação recebe o alerta e avisa aos agentes, que param o carro para iniciar a checagem. Apesar de estar em funcionamento há mais de três meses, a Operação Detran Seguro, identificada visualmente por um balão inspirado na Lei Seca, ainda não é muito conhecida. A iniciativa tem uma importante missão, que afeta diretamente a vida dos motoristas no estado.
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Ela substitui as vistorias anuais, que aconteciam nos postos do órgão até o ano passado. Levantamento feito a pedido da reportagem apontou um registro de 8.514 abordagens nos três primeiros meses da ação. Ao todo, foram montadas 219 ações no estado.
POR DENTRO DA OPERAÇÃO
A reportagem acompanhou de perto o trabalho dos agentes de trânsito que atuam na Operação Detran Seguro para verificar o funcionamento da ação para falar com os motoristas abordados. Foi o caso do técnico de refrigeração Josuel Medeiros, de 41 anos, que estava a caminho de Copacabana, onde iria atender um cliente, quando parou na fiscalização, no Aterro do Flamengo.
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No porta-malas do carro, estavam todos os seus equipamentos de trabalho. Na vistoria, o agente verificou que os pneus estavam carecas, o retrovisor quebrado e uma das lanternas não acendia. “Agora não é mais rebocado, né?”, perguntou Josuel. “Não nesse caso. Mas você vai receber uma notificação”, respondeu o fiscal.
Em seguida, foi orientado a se apresentar em um posto indicado pelo Detran.RJ para comprovar que os problemas foram resolvidos em um prazo de até sete dias.
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Se fosse multado, precisaria pagar R$ 195 e perderia cinco pontos na CNH. “Tenho noção de que estou errado. Se não fosse a vistoria, não saberia que a lanterna estava com problemas. Gostei da abordagem. E concordo com a operação. Agora, vou fazer o que foi orientado. É para a nossa própria segurança. O agente me tirou as dúvidas e ensinou a avaliar as condições do veículo antes de sair de casa”, disse.
Já a médica Alexandra Carvalho de Souza, de 35 anos, não conhecia a operação. Ela diz que considera importante. Principalmente porque substitui o incômodo agendamento para a fiscalização anual nos postos do Detran, extinta em 2018. “Havia um desconforto. Era uma fila imensa, perdíamos o dia todo. Além de ser
mais rápida, a operação cuida das questões de segurança que envolvem o automóvel. É importante para o motorista e para o pedestre”, avaliou.
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Checagem automática
Marcelo Bertolucci, vice-presidente do Detran.RJ, diz que, por meio das câmeras, o sistema faz uma checagem automática na base de dados do Detran. “Nossos agentes dão prioridade aos veículos que apresentam irregularidades captadas pelo equipamento. Se o automóvel tiver sido roubado ou estiver com licenciamento atrasado, a câmera lê a placa, toca um bipe e a equipe da operação é alertada imediatamente. Também é feita verificação no nível de gases poluentes”, explica.