Governador se manifestou após repercussão de declaração polêmica - WhatsApp O DIA 21-98762-8248
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Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - Horas depois que veio à tona um vídeo em que aparece defendendo que as delegacias tinham "que fechar as portas", o governador Wilson Wtizel (PSC) divulgou um vídeo para pôr panos quentes na declaração polêmica. A fala de Witzel aconteceu em um evento em São Paulo no último dia 25 e gerou revolta entre integrantes da Polícia Civil e diversas entidades que representam a categoria.
No vídeo divulgado nesta quinta-feira, o governador aparece ao lado do delegado e deputado estadual Carlos Augusto Nogueira (PSD), que é presidente da Comissão Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj; do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio, Marcio Garcia; e do vice-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Rio (Sindelpol), o delegado Rafael Barcia Sarnelli Lopes.
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"O que vamos fazer é dar à polícia maior capacidade de investigação, deixar a polícia ter o contato com a população e ser a porta de entrada da atividade de investigação", o governador se defendeu. "A Policia Militar pode fazer a lavratura do termo circunstanciado mediante à homologação do delegado de polícia"; assista ao vídeo!
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DEBOCHES E RISADAS
Na fala do dia 25, durante o 17º Encontro Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais, Witzel defendeu a "a quebra de monopólio de delegados de polícia em prol de melhoria do atendimento à população". As declarações foram dadas para uma plateia de policiais militares, em meio a deboches e risadas.
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No evento, o governador disse não entende por que os policiais civis do Rio não aceitam que os registros de ocorrências sejam feitos nas ruas por PMs. "A porta de acesso da população ao sistema de Justiça tem que ser a Polícia Militar (...) O policial militar na rua não precisa ir à delegacia", defendeu.
Já no vídeo de ontem, Witzel citou a criação das secretarias de Polícia Militar e de Polícia Civil, alegando que a fez para dar independência às duas corporações. O governador também lembrou de grandes apreensões recentes e do piloto que está sendo feito com o 17º BPM (Ilha do Governador) de PMs fazerem o registro de ocorrência de crimes nas ruas.
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"Nós defendemos que a Polícia Civil não deve fazer atendimento ao púbico, deve-se exclusivamente se voltar para a atividade investigativa, cujos resultados estão demonstrado serem excepcionais", o governador reforçou. "O que nós queremos é aperfeiçoar a atividade investigativa, que eu conheço muito bem como deve funcionar pelo trabalho que tive como juiz federal", encerrou.