Júlio César Lucas Marinho tinha 42 anos - Arquivo Pessoal
Júlio César Lucas Marinho tinha 42 anosArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - Um despachante de ônibus foi assassinado a tiros, no fim da madrugada desta segunda-feira, no ponto final da linha em que trabalhava, em Ramos, na Zona Norte do Rio. Julio César Lucas Marinho, de 42 anos, foi atingido por vários tiros, quando estava próximo à cabine da linha 940 (Ramos x Madureira), que fica na Rua Gerson Ferreira, pouco antes das 6h. Ele morreu na hora.
Um colega de trabalho que estava no local no momento do crime disse que Júlio César, que é conhecido pelos amigos como Julio Neguinho, chegou ao trabalho pouco antes das 5h. Ele estava liberando ônibus da Caprichosa Auto Ônibus, quando foi abordado por pelo menos dois homens armados, que atiraram contra ele, principalmente na região da cabeça.
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"Não sabemos ainda se foi execução ou se foi assalto", conta o motorista, que preferiu não se identificar. "Ouvimos os tiros e vimos ele caindo no chão. Logo depois apareceram vários carros da polícia".
Crime aconteceu no fim da madrugada desta segunda-feira - Estefan Radovicz / Agência O DIA
ESPOSA EM CHOQUE
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O amigo conta que conhecia Julio César desde a infância e que ele morava no bairro Pantanal, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com ele, o despachante trabalhava na linha há cerca de 10 anos, era casado e deixa dois filhos. A mulher dele foi ao local e estava em choque.
"Ele era uma ótima pessoa, pode perguntar a todo mundo, até mesmo o dono da empresa. Conheço ele há muitos anos e ninguém tem o que reclamar. Era um ótimo amigo", elogia o motorista, bastante abalado.
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Além do motorista, outras pessoas também ouviram os disparos.
"Eu estava no bar quando ouvi os tiros. Foram muitos. Corri e me escondi nos fundos do bar com outras pessoas. Não vi nada", disse um homem, que também preferiu não se identificar.
Júlio César Lucas Marinho tinha 42 anos - Arquivo Pessoal
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Os policiais que foram ao local logo depois do crime são do 22º BPM (Maré). De acordo com a Polícia Militar, quando eles chegaram, Julio César já estava morto. A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) também foi acionada para fazer a perícia do caso.
"Equipes realizam diligências em busca de testemunhas e câmeras de segurança que possam ajudar nas investigações. O corpo foi encaminhado ao IML. As investigações estão em andamento", a Polícia Civil disse, em nota.
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Procurada pelo DIA, a Caprichosa Auto Ônibus disse que lamenta profundamente a morte do despachante. "O rodoviário possuía bom histórico na empresa. A Caprichosa acompanha o caso de perto para colaborar com as investigações das autoridades de segurança pública", a viação informou, em nota.
Júlio César Lucas Marinho tinha 42 anos - Arquivo Pessoal