Motorista de caminhão que morreu em acidente após queda da viga do viaduto do BRT Transbrasil é enterrado - Ricardo Cassiano/Agência O Dia
Motorista de caminhão que morreu em acidente após queda da viga do viaduto do BRT Transbrasil é enterradoRicardo Cassiano/Agência O Dia
Por O Dia
Adeir dos Anjos Peixoto, 62 anos, foi enterrado sob forte comoção na tarde deste sábado (10) no cemitério Jardim da saudade, em Sulacap. Ele era o motorista do caminhão que bateu em um viaduto e morreu após a viga desabar em cima da cabine, no início da noite de quinta-feira, em Coelho Neto, na Zona Norte. O acidente também vitimou Deivid Sangi da Costa, de 29 anos.

Irmão gêmeo de Adeir, Ademir Sebastião Peixoto, contou que seu irmão era experiente e morreu por falta de sinalização no local.

"Meu irmão passava por ali há muito anos. Ele conhecia o local. Construíram um viaduto menor do que ao lado e ninguém sinalizou. Um absurdo e ainda estão tentando colocar a culpa nele", contou visivelmente emocionado.
Motorista de caminhão que morreu em acidente após queda da viga do viaduto do BRT Transbrasil é enterrado - Ricardo Cassiano/Agência O Dia


Carlos Amaral, amigo de Adeir há 40 anos e também empresário do ramos de transporte de caminhões contou que a prefeitura é completamente omissa com os caminhoneiros em relação à sinalização.

"A carga dele estava dentro do limite permitido e transporte. É um absurdo que construam um viaduto menor do que o limite máximo liberado. Também sou caminhoneiro e canso de virar a madrugada medindo os locais em que vou precisar transitar, pois não confio nas placas. Eles recapeiam o asfalto, o nível da pista sobe até 10cm e ninguém atualiza a sinalização", reclamou.

A reportagem do dia esteve no local do acidente neste sábado. No local resta apenas o parabrisa do caminhão, que surpreendentemente não se quebrou no acidente. Não há ninguém da prefeitura e nem sinalização.
Motorista de caminhão que morreu em acidente após queda da viga do viaduto do BRT Transbrasil é enterrado - Ricardo Cassiano/Agência O Dia


Flávio Silva, que também é motorista de caminhão, era genro de Adeir. Segundo ele, ninguém procurou a família, nem mesmo a prefeitura.

"Se eles ao menos assumissem a culpa, isso aliviaria nossa dor. Mas nem isso. Começaram e terminaram mal, já que agora estão tentando culpá-lo pelo acidente. No local não há qualquer sinalização, ele não teve culpa nenhuma", reclamou.