Polícia não descarta participação de Flordelis na morte do pastor Anderson do Carmo
Nesta segunda fase, a Polícia Civil não descarta o envolvimento no crime da própria viúva ou de outros filhos do casal
Por Thuany Dossares
Rio - A Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) instaurou um segundo inquérito para dar continuidade nas investigações do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis. Nesta segunda fase, a Polícia Civil não descarta o envolvimento no crime da própria viúva ou de outros filhos do casal. As investigações ainda apontam que a principal motivação do crime seja a administração dos bens da família.
O crime aconteceu em 16 de junho, na casa da família, em Pendotiba, Niterói, e, de acordo com as investigações, a motivação não foi individual de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza, filhos do casal que já foram indiciados. Os dois foram transferidos na manhã desta quinta-feira da carceragem da DH, em Niterói, para o presídio de Benfica, onde irão continuar cumprindo o mandado de prisão preventiva.
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“Temos a indicação de que há outros envolvidos no crime. A motivação não é individual do Lucas e do Flavio, ela é global. Tem uma motivação final, que é quem tinha interesse também no crime além deles dois. Se a ação criminosa tivesse se encerrado no Lucas e no Flavio, o inquérito já teria sido encerrado, e ele foi continuado. Houve encerramento do primeiro inquérito por razões procedimentais, de prazos de encerramento. A motivação seria por motivações financeiras, em razão da administração dos bens familiares”, explicou a delegada Bárbara Lomba, diretora da especializada.
A delegada ainda contou que a pistola encontrada no quarto de Flavio, que foi comprovada pela perícia ser a arma do crime, havia um pêlo. “Coletamos material biológico do Flavio e o resultado do laudo deu positivo, o pêlo que estava na arma é do Flavio”, afirmou Bárbara Lomba. Ela ainda declarou que em momento algum Flávio voltou atrás de sua confissão.
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A Polícia Civil também encontrou um celular na cela do Flavio, que está sendo periciado para saber se o suspeito usou o aparelho.
Procurada por O DIA, a defesa de Flordelis informou que a deputada federal não vai se manifestar sobre a investigação da Polícia Civil.
"Ela trata isso com naturalidade. Todos que estavam na casa, no momento do crime, devem ser investigados. Isso é normal", disse o advogado da parlamentar Fabiano Migueis, sobre a Polícia Civil não descartar a participação de Flordelis na morte do pastor.