Momento em que umas das vítimas desmaia após ser liberada - Ricardo Cassiano / Agência O Dia
Momento em que umas das vítimas desmaia após ser liberadaRicardo Cassiano / Agência O Dia
Por YURI EIRAS e e JENIFER ALVES*
Rio - O governador Wilson Witzel (PSC) disse, em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, sobre a importância de utilizar atiradores de elite em situações policiais de risco no estado. O governador utilizou o sequestro ao ônibus da viação Galo Branco, na manhã de hoje, como exemplo de atuações do tipo.
De acordo com Witzel, Willian Augusto da Silva estava com um isqueiro na mão e poderia incendiar o veículo quando foi baleado por um atirador de elite do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
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"Hoje foi um exemplo claro onde nós tivemos que usar atiradores de elite para neutralizar e abater alguém que estava colocando em risco dezenas de pessoas em um ônibus", afirmou.
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Witzel conto que ao chegar no local sentiu um forte cheiro de gasolina, que vinha de dentro do ônibus. O governador disse ainda que o sequestrador espalhou garrafas de gasolina no interior do veículo e que a intenção dele era incendiá-lo.
"Ao estar no ônibus conversando com os reféns, nós tomamos a iniciativa de fazer uma oração pela pessoa que tomou a decisão de colocar em risco essas vidas humanas. Rezamos um Pai Nosso e disse a eles para deixem a Polícia Militar cuidar deles", contou o governador, sobre o momento em que esteve na Ponte Rio-Niterói.
Rio,20/08/2019 -NITEROI;DH.Onibus sequestrado na ponte Rio-Niteroi. Na foto, tiros no onibus . Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia - Cléber Mendes
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O TIRO
O comandante do Bope, o coronel Maurílio Nunes, não revelou quantos tiros foram disparados ou em qual posição o sniper estava no momento em que o sequestrador foi baleado.
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"Questões técnicas e sigilosas serão apresentadas somente pela Delegacia de Homicídios", Nunes avisou. "Ele (o sequestrador) fazia alguns contatos alegando que queria se matar, se jogar. Pediu dinheiro... Além do simulacro de arma, ele estava com uma faca e gasolina. Qualquer start de fogo poderia colocar 37 vidas em risco".
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O comandante do Bope disse que o rapaz estava fora de si durante a ação e falava sobre tirar a própria vida.
Momento em que um dos reféns é liberado - Ricardo Cassiano / Agência O Dia
DECISÃO DE ATIRAR
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Witzel comentou que a decisão de atirar foi tomada após a PM conhecer detalhes do interior do ônibus, já que alguns reféns conseguiram enviar fotos para os familiares durante o sequestro.
"Vamos ouvir os familiares e os reféns para entender o tipo de motivação que levou essa pessoa a praticar esse ato para que possamos dar apoio a todos", comentou.
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O governador destacou ainda que a família do sequestrador entrou em contato e que a mãe do jovem ainda está em estado de choque. O governador disse que ela chegou a pedir desculpas pelo ocorrido, pois não entendia em que momento errou com o filho.
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"Estamos acolhendo a família dessa pessoa que sequestrou o ônibus. A mãe dele está está muito abalada, se perguntando aonde ela errou... eu disse que nós vamos ajudar a superar esse momento", completou.
Estagiário sob a supervisão de Rai Aquino
O sequestro a um ônibus da viação Galo Branco chegou ao fim por volta das 9h desta terça-feira. O homem foi atingido por atiradores de elite da PM em um momento em que deixou o veículo da linha 2520 (Alcântara x Estácio). Foram ouvidos pelo menos cinco disparos. Foto: Ricardo Cassiano/Agência O Dia - Ricardo Cassiano/Agência O Dia