Pelo menos 50 pacientes que estavam internados no CTI foram transferidos para creche, que recebeu trezentas pessoas, entre bombeiros e profissionais de saúde - Reprodução
Pelo menos 50 pacientes que estavam internados no CTI foram transferidos para creche, que recebeu trezentas pessoas, entre bombeiros e profissionais de saúdeReprodução
Por Rachel Siston*
Rio - O dono de uma creche vizinha ao Hospital Badim disponibilizou o espaço, a pedido da chefe do CTI da unidade, atingida por um incêndio na quinta-feira, que matou onze pessoas. O dono da 'Criando com Arte', Darci Martins, 40, disse que a creche virou uma 'praça de guerra', com cerca de trezentas pessoas, entre pacientes, bombeiros, médicos, enfermeiros e auxiliares de limpeza.
"Tinham pelo menos 50 pacientes aqui, tinha gente vindo no colo, porque não tinha mais maca, veio bombeiro de folga, médico de folga. Uma coisa que eu não quero ver nunca mais", lembra. "Tinha maca, cadeira de rodas, ressuscitador, a UTI inteira veio para cá", conta Darci. Ele diz que o último paciente deixou a creche às 23h.
Publicidade

Galeria de Fotos

Pelo menos 50 pacientes que estavam internados no CTI foram transferidos para creche, que recebeu trezentas pessoas, entre bombeiros e profissionais de saúde Reprodução
Pelo menos 50 pacientes que estavam internados no CTI foram transferidos para creche, que recebeu trezentas pessoas, entre bombeiros e profissionais de saúde Reprodução
Pelo menos 50 pacientes que estavam internados no CTI foram transferidos para creche, que recebeu trezentas pessoas, entre bombeiros e profissionais de saúde Reprodução
Pelo menos 50 pacientes que estavam internados no CTI foram transferidos para creche, que recebeu trezentas pessoas, entre bombeiros e profissionais de saúde Reprodução
Darci Martins que mora em um prédio atrás do hospital, diz que ao perceber a quantidade de fumaça preta, levou a filha para a creche. 
Publicidade
"Começou a chegar muito bombeiro e quando deu 18h30 a chefe do CTI me ligou pedindo para eu pelo amor de Deus abrir a creche, porque eles tinham que evacuar o CTI. Trouxeram todo o CTI para cá, tinha paciente recém-operado, médico com roupa do centro cirúrgico, aqui virou uma praça de guerra", conta.
EM uma rede de solidariedade, a vizinhança foi para a rua oferecer ajuda e água. "Tinha familiar gritando sem saber notícia, a polícia tentando acalmar todo mundo, ficaram aqui na creche até umas 23h, quando a última pessoa saiu daqui", diz Darci. 
Publicidade
Ele diz que ainda havia oito crianças na unidade, inclusive seu outro filho de dois anos, que foram isoladas em uma sala no andar de cima da creche, liberando o térreo para atendimento às vítimas. Os pais foram buscar as crianças logo em seguida.
*Estagiária sob a supervisão de Maria Inez Magalhães