Ao falar hoje (13) à Agência Brasil, o médico Alexandre Chieppe, porta-voz da Secretaria, explicou que, "possivelmente, os fatores que estão por trás desse aumento de casos são os mesmos relacionados ao reaparecimento do sarampo". Segundo Chieppe, parte importante da população fluminense não tem o esquema vacinal completo contra sarampo, "até por conta da improdução da segunda dose da vacina tríplice, que aconteceu só em 2002". Para Chieppe, essa suscetibilidade de parte da população explica o aumento do número de casos de caxumba, quando comparado a anos anteriores, e também é responsável pelo reaparecimento do sarampo, no estado.
A vacina que as pessoas devem tomar é a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A recomendação da SES é a mesma para o controle do sarampo: "A população que não tenha duas doses da vacina tríplice, tomadas após um ano de idade, deve comparecer a um posto de vacinação para fazer a atualização da caderneta vacinal".
Faixa etária
O médico da SES estimou que o número de casos de caxumba ainda deve crescer até o final do ano. "A gente está chegando agora ao final do inverno, quando o risco de transmissão dessas doenças diminui. Mas não para. Então, possivelmente, a gente deve chegar no final do ano com um número infinitamente maior que o do ano passado". A expectativa, entretanto, é que com as pessoas se sensibilizando sobre a necessidade de atualização da caderneta e de vacinação com a vacina tríplice contra essas duas doenças, principalmente, o cenário em 2020 será mais tranquilo.
Informou que o estado não teve casos graves de sarampo notificados "até porque a tendência é que os casos aconteçam de forma mais branda em pessoas que tenham pelo menos uma vacina já tomada, que é o caso da grande maioria da população". Chieppe advertiu que "o importante é a gente cessar essa transmissão ou diminuir bastante ela. Isso a gente só vai conseguir com a vacinação desse público suscetível", afirmou,
Surto
Contágio
"É o tipo da doença que se fizer uma boa cobertura vacinal, é passível de ser erradicada, a exemplo da varíola, que foi erradicada a partir de uma boa cobertura vacinal. Caxumba é a mesma lógica", concluiu Migowski.