Atualmente, programa está presente em onze bairros do Rio e nos municípios de Niterói e Nova Iguaçu - Gilvan de Souza
Atualmente, programa está presente em onze bairros do Rio e nos municípios de Niterói e Nova IguaçuGilvan de Souza
Por Anderson Justino

Rio - Agentes do programa Segurança Presente, que atualmente fazem patrulhamento em diversos bairros do Rio e do Grande Rio, estão trabalhando com efetivo reduzido e ameaçam suspender as atividades. A decisão acontece por conta do salário atrasado referente ao mês de agosto. Um agente civil, que não quis se identificar, explicou que o problema tem acontecido de forma habitual.

"Todos os meses ocorrem esses atrasos em nossos salários, já virou rotina. O problema é que trabalhamos durante o mês e esperamos receber por nosso trabalho, mas isso não acontece com normalidade. É um atraso que faz com que a gente também atrase nossas contas. Tem uma galera querendo parar as atividades por conta dessa falta de respeito", exclamou.

Um sargento da Polícia Militar explica que, para os policiais, o problema só não se torna maior porque eles estão recebendo seus salários nos dias programados. "Quem é policial não sofre tanto quanto um agente civil ou um assistente social. A gente tem o salário de servidor, que entra na conta nos dias programados. No programa, a gente recebe de forma adicional, mas sempre ocorrem esses atrasos. Infelizmente, é isso que a gente ganha", reclamou.

Um outro policial também reclama do atraso. "A gente deixa de folgar para ganhar um dinheiro extra e não pagam. Contamos com esse dinheiro, temos contas para pagar. Era para recebermos dia 7 deste mês. Passou para amanhã (hoje) e, agora, só dia 7 de outubro. Isso é um absurdo", contou.

A equipe do Segurança Presente é composta por policiais militares de folga, agentes civis, egressos das Forças Armadas e assistentes sociais. O trabalho é realizado oito horas por dia. Atualmente, o programa está em onze bairros e dois municípios — Lapa, Centro, Aterro do Flamengo, Lagoa, Ipanema, Leblon, Tijuca, Méier, Laranjeiras, Copacabana, Bangu, Nova Iguaçu e Niterói, estes dois últimos por convênio com as respectivas prefeituras.

Em nota, a assessoria do governo do estado limitou-se a informar que o atraso do salário se trata somente de um problema técnico e que até a próxima sexta-feira, primeira semana de outubro, "o pagamento dos agentes do Segurança Presente será efetuado". 

 

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