O técnico Bernardinho destacou as habilidades do líder do futuro: empatia, disciplina e resiliência - Cléber Mendes
O técnico Bernardinho destacou as habilidades do líder do futuro: empatia, disciplina e resiliênciaCléber Mendes
Por O Dia

Rio - As iniciativas para o desenvolvimento do Rio, que estão sendo propostas numa série de encontros no auditório do Sesc RJ, no Flamengo, teve início ontem com um exemplo prático: a apresentação da Orquestra Maré do Amanhã. No palco, seis jovens que estão tendo as vidas transformadas por influência da música. Além da arte, a educação, a tecnologia e o esporte foram apontados como eixos fundamentais para reverter a crise que atinge o estado. 

O segundo encontro do fórum, que está sendo realizado pelo DIA a partir de iniciativa da Fecomércio RJ, contou com a participação de Carlos Eduardo Prazeres, diretor-executivo da Orquestra Maré do Amanhã; Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ; Guto Índio da Costa, designer, arquiteto e urbanista; e Bernardinho, técnico de vôlei. Com o tema "O Rio Que Queremos", eles apontaram sugestões para mudanças.

"Meu ponto de vista é o do morador da favela. Queremos uma política de segurança que privilegie a inteligência e não o confronto. Não é helicóptero dando rasante e atirando para baixo que vai resolver o problema. A ocupação da Maré pelo Exército gastou R$ 714 milhões e o problema não foi resolvido. O que muda é o investimento nas crianças. E já vimos que a música transforma", disse Carlos Prazeres.  

Segundo o diretor da Orquestra da Maré, a verba investida na ocupação daria para manter os projetos sociais do conjunto por 238 anos: "Nosso sonho é chegar a todas as escolas da Maré, mas ainda não conseguimos apoio para isso".

Primeira mulher a ocupar a reitoria da UFRJ, Denise Carvalho anunciou que a universidade está à disposição dos governos do estado e do município para fortalecimento da educação básica no Rio. "Podemos fazer isso por meio de programas de extensão no contraturno das escolas e, assim, tornar o ensino integral, com aulas de música e novas tecnologias, como robótica e criação de aplicativos", sugeriu a reitora, que lançou um questionamento sobre as profissões do futuro: "Estamos nos preparando para o que está por vir?".

Bernardinho respondeu: "Não consigo precisar as profissões, mas há habilidades que serão cada vez mais importantes em qualquer área. Atuar em conjunto como um time, ter disciplina para aprender e resiliência para saber ouvir não são questões que os jovens precisam desenvolver", apontou.

Sobre o papel da tecnologia no processo de mudança social, Guto Índio da Costa destacou a importância do conceito de cidades inteligentes. E deu uma série de exemplos de como dispositivos instalados no mobiliário urbano podem ajudar no planejamento dos espaços públicos: "Por sensores instalados em pontos de ônibus, por exemplo, podemos avaliar o fluxo de pessoas e remanejar linhas e trajetos".

Programação

- Temas em discussão

Hoje e amanhã, o fórum Movimento Rio em Frente vai debater, respectivamente, os temas 'Cidadania e Educação no futuro' e 'Economia Criativa'. Dentre os debatedores, Daniely Gomieiro, do Instituto Embratel, Pedro El Bainy, da Fábrica de Startups, e Carla Camurati, atriz e produtora cultural, entre outros.
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- Filosofia
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O evento termina na segunda-feira, com uma palestra do filósofo Leandro Karnal sobre ética.
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