Jéssica, atual campeã da edição anterior, e o marido, Jonathan, no ensaio para o evento de amanhã - Daniel Castelo Branco
Jéssica, atual campeã da edição anterior, e o marido, Jonathan, no ensaio para o evento de amanhãDaniel Castelo Branco
Por O Dia

Rio - Um dia de príncipe e de princesa. É assim que 17 pessoas em situação de rua e moradores de abrigos municipais definem o Miss e Mister Rua, evento realizado pela Prefeitura do Rio que, pelo terceiro ano consecutivo, vai eleger a dupla mais bonita entre eles. O ensaio final para o grande dia na passarela aconteceu, ontem, no Museu do Amanhã, que também será o palco da decisão marcada para este sábado. O concurso é idealizado pelo estilista Eduardo Araúju e terá como jurados o carnavalesco Milton Cunha e a drag queen Samara Rios.

"A vida na rua não é fácil. Nós muitas vezes até esquecemos que temos alguma beleza. Por isso, ações como essa fazem com que a gente se sinta vivo. Nos coloca de novo dentro da sociedade. Minha autoestima e meus sonhos voltaram a existir desde que participei da última edição. Até voltei a ser mãe", conta a ex-moradora de rua e atual vencedora do concurso, Jéssica Cristina de Souza, de 39 anos, que, na edição deste ano, aproveitou para levar o marido, Jonathan da Silva, de 29.

Para Eduardo Araúju, estilista já acostumado a trabalhar com a moda inclusiva para a terceira idade e 'plus size', o concurso é pode ser uma oportunidade de reinserção na sociedade. "O que eles mais querem é inclusão e respeito, e é isso que promovemos. Mas aqui não é apenas um concurso de beleza. A ideia é mostrar para eles que a sotodos que estão aqui no pós concurso", comenta o idealizador.

O concurso é idealizado pelo estilista Eduardo Araúju, que já esteve à frente de iniciativas para promover a beleza da terceira idade e 'plus size'.

Conhecido por elevar a autoestima de as mulheres que já passaram dos 60 anos e as que vestem manequim a partir de 44 em seus concursos de beleza

Para ela, que saiu das ruas e voltou a morar com familiares em Realengo, a ação é uma oportunidade de reinserção na sociedade. "Nós não escolhemos nossa trajetória de vida. Muitas pessoas que passam por isso porque não tem outra opção", explica Jéssica.

 

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