A juíza Mirela Erbisti determinou, em maio, o fechamento da Avenida Niemeyer por riscos de deslizamentos - REPRODUÇÃO DO Instagram
A juíza Mirela Erbisti determinou, em maio, o fechamento da Avenida Niemeyer por riscos de deslizamentosREPRODUÇÃO DO Instagram
Por O Dia

Após críticas do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), o prefeito Marcelo Crivella pediu desculpas, ontem, à juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública da Capital. As declarações irônicas feitas ao se referir à magistrada foram publicadas, com exclusividade, na coluna 'Informe do DIA', do jornalista Cássio Bruno, na edição de sábado. Segundo o prefeito, sua intenção não era ofender ninguém.

"O prefeito do Rio tem todo o respeito pela magistratura. Se, por acaso, em algum momento, pelo espírito carioca, a gente fez algum gracejo, então quero aqui me redimir e dizer que a juíza me desculpe", disse Crivella. Logo depois da fala, ele fez novo apelo para que a juíza reconsidere a decisão e reabra a Avenida Niemeyer, interditada desde 29 de maio por riscos de deslizamentos.

"Que a gente abra a Niemeyer, porque, afinal de contas, são 36 mil automóveis que estão entupindo (as ruas) e já faz mais de 100 dias. Aquilo que dizíamos, se cumpriu: não houve deslizamento. Aliás, nunca houve, nos 50 anos da Geo-Rio, um episódio de deslizamento em dia de sol com céu azul. E o que pedimos foi para abrir a Niemeyer em dia de sol com céu azul. Então, faço esse apelo aqui, pedindo desculpas, escusas, se por acaso fui deselegante ou descortês".

Em fevereiro, um deslizamento de terra matou duas pessoas na via. Durante evento na quinta-feira, Crivella afirmou que os peritos responsáveis pela avaliação da reabertura da Niemeyer ao trânsito "fizeram o laudo para agradar à juíza": "A juíza tem seus 40 anos e ela é muito bonita. Tem uma beleza de parar o trânsito, mas não precisa praticar, né pessoal?", declarou Crivella, publicamente. "Interessante, né? Porque é difícil achar mulher teimosa. Isso é raro, né, gente? Normalmente, elas concordam", completou ele, aos risos.

Na nota divulgada pelo TJ-RJ, o Poder Judiciário destacou que "o interesse público está acima de interesses pessoais, políticos e religiosos".

 

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