Segundo o coordenador da Comissão Eleitoral do CMDCA, Carlos Roberto Laudelino, também há denúncias de distribuição de cestas básicas, além de boca de urna. Ainda de acordo com Laudelino, os principais interessados nesses eleitores são o tráfico de drogas, os milicianos e os grupos ligados a igrejas evangélicas.
“Ano que vem é de eleição para prefeitura. O conselheiro tutelar é uma pessoa influente, que tem acesso às escolas, creches e outros órgãos. Isso é de interesse de muita gente, em troca de favores”, lamentou Laudelino.
O resultado da eleição dos 190 conselheiros tutelares eleitos, que vão ocupar os 19 pontos de atendimento da cidade, será divulgado apenas na próxima quinta-feira, dia 10. Este ano, compareceram às urnas 107.841 eleitores. Na última eleição, em 2015, foram 48.765 pessoas que votaram.
Além das denúncias de irregularidades, houve um problema em uma das 1.307 urnas - localizada na Zona Sul. Esses fatores impediram a divulgação do resultado preliminar, ontem. Segundo Laudelino, as denúncias são comunicadas aos candidatos. Depois disso, eles têm 48 horas para apresentar a sua defesa.
“Mesmo depois do resultado final, o candidato pode ser impugnado”, explicou Laudelino. Os novos conselheiros vão tomar posse em 10 de janeiro de 2020”. Apenas no dia da eleição, a Ouvidoria do Ministério Público do Rio recebeu 116 denúncias. O processo será alvo da instauração de procedimentos administrativos pelo Ministério Público.