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De acordo com as investigações do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), a quadrilha captava servidores públicos e outras vítimas para que estes fizessem empréstimos consignados e aplicassem o valor em investimentos. No entanto, essas aplicações eram falsas, com a promessa de ganhos exagerados e incompatíveis com a realidade do mercado. A quadrilha pagava às vítimas pequenos lucros do suposto investimento nos primeiros meses, mas depois os lesava sem devolver todo o dinheiro aplicado.
Para atrair clientes, o grupo exibia suas empresas em redes sociais para atrair as vítimas com ofertas de aplicações sedutoras. Mas a exibição não acontecia apenas nas redes sociais da empresa. O chefe do bando, Roniel Cardoso dos Santos, ostentava uma vida de luxo em suas páginas pessoais, postando passeios de helicóptero e jet sky, e viagens internacionais.
A polícia também apurou que o grupo planejava se fortalecer politicamente no Maranhão, onde tinha ramificações com o lançamento de candidaturas a cargos eletivos. O objetivo da expansão para o estado nordestino era se beneficiar financeiramente, além de ter respaldo e imunidade.
A operação tem o intuito de cumprir seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Maranhão, Brasília e São Paulo. A Polícia Civil conseguiu junto à justiça o sequestro de bens e contas bancárias - físicas e jurídicas - no valor aproximado de R$ 50 milhões.