Rio, 10/10/2019 - ESPECIAL - Entrevista com o diretor de comunicaca e marketing, Heber Moura,  Flamengo, zona sul do Rio.  Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia - Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Rio, 10/10/2019 - ESPECIAL - Entrevista com o diretor de comunicaca e marketing, Heber Moura, Flamengo, zona sul do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O DiaRicardo Cassiano/Agencia O Dia
Por Bernardo Costa
O Movimento Rio em Frente terá prosseguimento. Depois de cinco dias de debates no auditório da Fecomércio RJ, o diretor de comunicação e marketing do Sesc e Senac, Heber Moura, idealizador da iniciativa em parceria com o DIA, anuncia novo ciclo de palestras. Na primeira etapa de discussões, que terminou na última semana, especialistas apontaram caminhos para o desenvolvimento econômico e social do Rio, em áreas como Educação, Economia Criativa, Ética, Cultura e Tecnologia. Nesta entrevista, Heber Moura aborda, ainda, o laçamento do Prêmio Visão Consciente e o projeto de reativar o casarão histórico que fica na sede da Fecomércio RJ para a realização cursos.
ODIA: O que motivou a criação do Movimento Rio em Frente?
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HEBER MOURA: O projeto do fórum foi estruturado em parceria com o DIA com o objetivo de nos colocarmos como protagonistas dos debates e ações que buscam o desenvolvimento social e econômico do estado do Rio. Em vez de muros, queremos construir pontes entre os mais diversos setores da sociedade em prol de um objetivo comum: fazer o nosso estado avançar. Tivemos um semana de intensos debates sobre áreas como Educação, Economia Criativa, Tecnologia e Inovação. Foram levantadas diversas oportunidades que podem servir de base para ações concretas.
Que reflexos podem surgir neste primeiro momento?
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Vamos lançar em breve, ainda este ano, um material impresso, como um portfólio, com o resultado deste primeiro fórum do Movimento Rio em Frente. O conteúdo será elaborado com a participação conjunta de todos os palestrantes. Teremos uma síntese, em formato de livro, com os principais pontos abordados nas mesas de debate que tenham potencial para alavancar o estado do Rio de Janeiro. O material será entregue aos órgãos públicos e à imprensa.
Rio, 10/10/2019 - ESPECIAL - Entrevista com o diretor de comunicaca e marketing, Heber Moura, Flamengo, zona sul do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia - Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
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Que outros desdobramentos podem surgir?
A partir deste portfólio que está sendo preparado, o presidente da Fecomércio RJ (Antonio Florêncio de Queiroz Júnior) vai analisar as sugestões e oportunidades apresentadas pelos palestrantes que possam beneficiar o estado. E, de acordo com o que for mais urgente, mais adequado ao momento que a sociedade fluminense está passando, a instituição pode adotar, encampar ou estabelecer parceria para que as ações se desenvolvam. Podemos citar como boas iniciativas a Fábrica de Startups, cujo um dos diretores (Pedro Henrique El-Bainy) foi nosso palestrante. Ela está ajudando a incluir novos empreendedores no mercado e com certeza isso terá um impacto positivo a longo prazo no aumento de renda e geração de empregos. Já a Fábrica Espetáculos (projeto citado pela atriz e produtora cultural Carla Camurati), com formação profissional na área artística, é uma boa oportunidade.
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Dentre os segmentos que foram debatidos no fórum Rio em Frente, algum eixo de ação prioritário?
Sim, o da Educação. Entendemos que este é um eixo central que perpassa todos os outros. Existe um consenso de que não há uma fórmula mágica para tirar o Rio da crise, mas a Educação é fundamental nesse processo. Sem formação de qualidade, não há solução. E nisso o sistema Fecomércio é muito atuante por meio do Sesc, com educação básica, e do Senac, que possibilita a qualificação profissional para o mercado. Como os cursos são desenvolvidos de acordo com as demandas verificadas juntos às empresas, a taxa de empregabilidade dos alunos é alta, e está em torno de 70%.
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Rio, 10/10/2019 - ESPECIAL - Entrevista com o diretor de comunicaca e marketing, Heber Moura, Flamengo, zona sul do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia - Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
A Fecomércio RJ pretende realizar novo ciclo debates?
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Estamos preparando uma segunda etapa do Movimento Rio em Frente para o ano que vem. Queremos criar um fórum com uma massa crítica ainda mais robusta e abrir o evento para a participação do público. A ideia é que a população possa fazer inscrição gratuita pelo site e nos ajudar, junto com os especialistas, a encontrar soluções para o Rio. Também estamos em negociação para trazer um palestrante de destaque internacional. O Movimento Rio em Frente é o primeiro de uma série de eventos que a Fecomércio RJ está preparando para empoderar e melhorar a imagem do Rio.
Há algum outro projeto previsto para este ano?
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Acabamos de lançar o Prêmio Visão Consciente, que vai reconhecer as melhores práticas de pequenas, médias e grande empresas em três categorias: meio ambiente, respeito ao consumidor e desenvolvimento comunitário. As inscrições são gratuitas. Os empresários podem inscrever seus cases pelo site www.premiovisaoconsciente.com.br até o dia 31 de outubro.
Qual será a premiação?
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Em cada porte de empresa teremos vencedores nas três categorias. Os empresários selecionados irão ganhar uma viagem com passagem, estadia e ingresso para a National Retail Federation (NRF-2020), que será realizada em janeiro, em Nova York. É a maior feira de varejo do mundo, que aponta as tendências para os próximos cinco anos em tecnologia, logística, fabricação e mercado.
Como esta ação pode contribuir para o desenvolvimento do ambiente de negócios no Rio?
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A ideia é valorizar as empresas que tenham um trabalho de cunho social que extrapole a ação de vender e tragam um bem comum para a sociedade. Com isso, buscamos um desenvolvimento sustentável mais forte para a economia do estado. Até porque sabemos que, hoje, as empresas que não tiverem essa preocupação social na prática estão com prazo validade determinado.
E para o ano que vem, há novidades?
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Sim. Um dos projetos é reativar o casarão histórico que fica na nossa sede, no Flamengo. A proposta é abrirmos o espaço ao público e criar uma programação que contemple cursos, exposições e ações de assistência social.