Hospital de Acari: Cremerj reforça necessidade de climatização - Estefan Radovicz
Hospital de Acari: Cremerj reforça necessidade de climatizaçãoEstefan Radovicz
Por RENAN SCHUINDT

Rio - "Um verdadeiro inferno". Foi assim que o auxiliar de supermercados, Marcos Henrique Silva, de 51 anos, descreveu a situação no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, Zona Norte do Rio. Segundo ele, há uma semana o ar-condicionado da unidade não funciona. Desde a última terça-feira, sua esposa, com 8 meses de gravidez, foi internada na unidade para receber acompanhamento devido ao diabetes. No entanto, após dias seguidos de intenso calor, Maria da Conceição Silva, de 41 anos, decidiu voltar para casa, em Santa Cruz, na Zona Oeste, interrompendo o tratamento, importante neste período da gestação.

"Não tinha condições de ficar. Os pacientes tiveram que abrir as janelas e os bebês foram atacados por mosquitos. Estou preocupada, mas ali não dava para ficar", disse Maria, que trabalha como cozinheira em uma escola pública.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a empresa responsável pelo reparo do ar-condicionado estava trabalhando para concluir o conserto, previsto para ontem, mesmo. No entanto, até o fechamento da matéria, pacientes ainda relatavam o problema por meio do whatsapp O DIA (21-98762-8248). "Nada foi resolvido. Está insuportável", escreveu Simone Silva.

Ainda de acordo com a pasta, a peça que teria apresentado defeito chegou apenas ontem e já estava sendo instalada. O problema, segundo a SMS, teria acontecido no fim de semana, diferentemente do que disseram os pacientes.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) negou ter recebido qualquer denúncia sobre a falta de refrigeração na unidade. Contudo, ressaltou que "devido às altas temperaturas, a ausência de um ambiente climatizado - de forma adequada no interior dos hospitais - dificulta a atuação de médicos e demais profissionais da saúde".

 

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