Profissionais de academia do estado do Rio de Janeiro estão apreensivos com reajuste de 2%, que deverá ser o menor do país - divulgação
Profissionais de academia do estado do Rio de Janeiro estão apreensivos com reajuste de 2%, que deverá ser o menor do paísdivulgação
Por O Dia

Rio - Esta terça-feira será decisiva para os profissionais de Educação Física do estado do Rio. Está marcada para às 13h a assembleia que definirá o reajuste salarial da categoria. A previsão é de que seja de 2%, abaixo dos 2,92% do INPC acumulado dos últimos 12 meses e um dos mais baixos para a categoria no país. Em São Paulo, o aumento foi de 3,94% e, em Brasília, de 2,45%. Cerca de 50 mil profissionais fluminenses serão afetados pelo reajuste: atualmente, eles recebem R$ 10,80 por hora/aula. No ano passado, o índice ficou em 2,46%.

Profissionais ouvidos pelo DIA afirmam que o reajuste não foi debatido. Líder do movimento DNA Educação Física, que tem como missão discutir estratégias para valorização da profissão, Eduardo Cossenza afirma que o Sindicato das Academias no Município do Rio (Sindicad), patronal, procurou apenas os proprietários de academias. "Os funcionários ficaram de fora", reclama.

O Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Rio de Janeiro (SINPEF-RJ) deverá apoiar o reajuste desde que o Sindicad acate sua recomendação de limitar em 40 o número de clientes atendidos por cada profissional de Educação Física, no Estado do Rio. A posição do SINPEF-RJ não é apoiada pelos profissionais de Educação Física, considerando que não realizaram discussões com a categoria sobre essa questão.

"Agora são duas preocupações: o reajuste abaixo do esperado e essa limitação para os profissionais poderem trabalhar. Não existe nenhum estudo que aponte que 40 é um limite razoável. Há profissionais que têm um número muito maior de clientes. As academias pequenas, que precisam compensar os preços mais baixos das mensalidades com um maior número de alunos, serão muito prejudicadas se essa limitação passar", diz Cossenza.

Profissionais afirmam que o Conselho Regional de Educação Física (CREF1-RJ/ES) já havia tentado emplacar essa limitação, de número de alunos x profissional, por meio da Resolução 106/19, sem sucesso. Agora, o SINPEF-RJ estaria pressionando o sindicato patronal a aceitar esta condição, e em troca concordaria com a reajuste considerado baixo pela categoria.

Procurado pelo DIA, o Sindicato das Academias no Município do Rio (Sindicad) não se pronunciou sobre o assunto.

 

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