'Não precisa ser taxista para ser burro', irrita-se vereador durante sessão na Câmara
Ao discutir regulamentação de transportes por aplicativo, Fernando William (PDT) pediu respeito ao ser vaiado por grupo de taxistas que tomava uma das galerias. Pela segunda vez, projeto não foi votado e ganhará substitutivo
Por Maria Luisa de Melo
Pela segunda vez, a discussão em torno do Projeto de Lei Complementar 78 de 2018 (PLC 78/2018), que regulamenta o transporte por aplicativo, foi marcado por polêmica na Câmara de Vereadores do Rio. O bate-boca acalorado entre os edis contou com vaias, aplausos e até xingamentos das galerias. De um lado, taxistas. Do outro, motoristas de aplicativos.
Ao ser vaiado por taxistas quando falava ao microfone, Fernando William (PDT) disparou.
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"Me respeite. Não lhe devo p**** nenhuma. Não precisa ser taxista para ser burro. (Na semana passada) fiquei aqui até para apanhar de vocês. Eu disse que votaria, mas não há votos suficientes. Se quiserem, eu engano vocês (...) Nem candidato sou mais, porque não aguento mais essa merda. A gente tenta ser competente e político, mas as pessoas não entendem", disse o pedetista ao finalizar seu discurso.
Segundo a assessoria do vereador, um dos taxistas fez sinal com as mãos acusando William de receber dinheiro.
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Antes da sessão, alguns vereadores se reuniram. A maioria se manteve muito resistente a votar o projeto. O PL deve ganhar um substitutivo.
"A tendência é que os vereadores vão seguir derrubando, sem votar ou votar contrários ao projeto. Pela primeira vez eu vi o presidente aceitando mais essa situação de que não vai poder aprovar o projeto do jeito que está", informou uma fonte.