Ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus são presos mais uma vez
Foi a quinta prisão de Garotinho e a terceira da esposa, que foram capturados em casa, no Flamengo
Por O Dia*
Rio - Os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos novamente, na manhã deste quarta-feira. Foi a quinta prisão de Garotinho e a terceira da esposa. Eles foram encontrados em casa, no Flamengo, na Zona Sul do Rio, e levados em uma mesma viatura da Divisão de Capturas da Polinter (DC-Polinter) até a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte.
Garotinho e Rosinha dizem que vão recorrer da decisão do TJ-RJ ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ontem, após a expedição do novo mandado de prisão, Garotinho disse, pelas redes sociais, que seu grupo político e sua família são perseguidos.
"Desde que denunciei a quadrilha do ex governador Sérgio Cabral, com braços no Legislativo, no Ministério Público, como já ficou provado, e também em outros poderes do estado, a perseguição contra meu grupo político e minha família tornou-se insuportável. É um verdadeiro massacre que fazem contra nós. Todos os tipos de ilegalidades, injustiças cometidas pelo Ministério Público de Campos, membros da Polícia Federal de Campos e dois juízes têm sido feitos contra nós", comentou, em um trecho da publicação.
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O advogado do casal, Vanildo José da Costa Junior, também protestou contra a decisão da Justiça do Rio.
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"A ordem de prisão é ilegal e arbitrária, pautada apenas em suposições e conjecturas genéricas sobre fatos extemporâneos, que supostamente teriam ocorrido entre os anos 2008 e 2014", afirmou o defensor, por meio de nota. "Ainda que se respeite a decisão proferida pela 2ª Câmara Criminal, não há como concordar com as razões de sua fundamentação. Acreditamos em sua modificação pelos Tribunais Superiores, para onde encaminharemos recurso", completou o advogado
A ACUSAÇÃO
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O casal é acusado pelo Ministério Público estadual (MPRJ) de superfaturar contratos na gestão de Rosinha na Prefeitura de Campos dos Goytacazes entre 2009 e 2016, causando um prejuízo de R$ 62 milhões aos cofres públicos do município.
Segundo o MPRJ, eles beneficiaram a construtora Odebrecht em licitações para a construção de 9.674 casas populares dos programas Morar Feliz I e II. As investigações apontam que os contratos, somados a aditivos, custaram R$ 1 bilhão, com superfaturamento superior a R$ 62,5 milhões, dos quais R$ 25 milhões teriam sido repassados em propina ao casal.
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O esquema foi revelado por dois executivos da Odebrecht, em acordo de colaboração na Operação Lava Jato: Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior. Outro executivo da empresa, Eduardo Garrido Fontenelle, também foi denunciado no inquérito.