Rio - O porteiro que associou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Élcio Vieira de Queiroz, um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes, mora em área dominada por milícia na Zona Oeste do Rio. A revista Veja localizou Alberto Jorge Ferreira Mateus em uma casa simples na Gardênia Azul. "Eu não estou podendo falar nada. Não posso falar nada", disse Alberto, quando abordado pela reportagem.
Foi ele quem anotou que Élcio ia para a casa de número 58, a de "Seu Jair", quando esteve no condomínio no dia do crime. Parentes e amigos relataram à revista que o porteiro está "acuado" e não arriscam dizer por que ele supostamente mentiu, como afirmou o Ministério Público estadual (MPRJ), após perícia feita às pressas um dia depois do Jornal Nacional revelar o depoimento de Alberto.
Ainda segundo a Veja, a Gardênia Azul já estava no radar dos policiais que investigam o assassinato da vereadora porque Ronnie Lessa, o preso acusado de efetuar os disparos no duplo homicídio, seria um dos responsáveis pelo controle daquela região.
Foi ele quem anotou que Élcio ia para a casa de número 58, a de "Seu Jair", quando esteve no condomínio no dia do crime. Parentes e amigos relataram à revista que o porteiro está "acuado" e não arriscam dizer por que ele supostamente mentiu, como afirmou o Ministério Público estadual (MPRJ), após perícia feita às pressas um dia depois do Jornal Nacional revelar o depoimento de Alberto.
Ainda segundo a Veja, a Gardênia Azul já estava no radar dos policiais que investigam o assassinato da vereadora porque Ronnie Lessa, o preso acusado de efetuar os disparos no duplo homicídio, seria um dos responsáveis pelo controle daquela região.
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A reportagem também localizou o outro porteiro que trabalhava no Vivendas da Barra naquele dia. Trata-se de Tiago Izaias, o dono da voz que está nos áudios usados pelo MPRJ e pelo Carlos Bolsonaro (PSL) para atestar que foi Lessa quem autorizou a entrada de Élcio. Izaias confirmou que partiu dele a ligação para Lessa, mas disse que não lembra quem trabalhava com ele no dia 14 de março de 2018.
"Não lembro nem se estava dentro ou fora. A coisa toda aconteceu há tempos e são muitas casas e visitantes o dia inteiro", afirmou. "Todos aqui no condomínio ficaram surpresos por ele ter ligado o presidente a um crime gravíssimo. Pode ser que estejam usando o Alberto para denegrir a imagem de Bolsonaro", disse ainda Izaias, que é bolsonarista assumido e tem foto com o presidente nas redes sociais.
"Não lembro nem se estava dentro ou fora. A coisa toda aconteceu há tempos e são muitas casas e visitantes o dia inteiro", afirmou. "Todos aqui no condomínio ficaram surpresos por ele ter ligado o presidente a um crime gravíssimo. Pode ser que estejam usando o Alberto para denegrir a imagem de Bolsonaro", disse ainda Izaias, que é bolsonarista assumido e tem foto com o presidente nas redes sociais.
