Reconstituição do caso ajudou no inquérito da Polícia Civil - Daniel RAMALHO / AFP
Reconstituição do caso ajudou no inquérito da Polícia CivilDaniel RAMALHO / AFP
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira, que um PM da UPP Fazendinha foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) pela morte de Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos. A menina foi atingida por um fragmento de projétil quando voltava para casa com a mãe dentro de uma Kombi, no Complexo do Alemão, no dia 20 de setembro. Na ocasião, ela chegou a ser socorrida no Hospital Getúlio Vargas (HGV), mas não resistiu aos ferimentos.
A identificação do policial militar indiciado não foi divulgada. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações, o inquérito do caso já foi encaminhado ao Ministério Público estadual (MPRJ).
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O inquérito tomou como base depoimentos de testemunhas, de PMs em serviço na UPP que estavam no local do crime, além de diversas perícias e o laudo da reconstituição do caso, realizada no dia 1º de outubro.
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Ainda segundo a polícia, o resultado da perícia apontou que houve erro de execução por parte do PM, como divulgado inicialmente pelo jornal Extra. De acordo com as investigações, o policial tentou atingir dois suspeitos que passavam em uma moto, mas o projétil ricocheteou e atingiu Ágatha no interior do veículo.

Além do indiciamento do PM, a Polícia Civil também pediu o afastamento do agente da UPP e a proibição de contato dele com qualquer testemunhas do caso que não sejam policiais militares.
Procurada pelo DIA após o indiciamento do agente, a PM reforçou que lamenta a morte de Ágatha e reforça solidariedade à família.
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"Sobre a investigação, a corporação esclarece que está dando o apoio necessário à Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, e em paralelo segue a apuração interna através do Inquérito Policial Militar (IPM). O policial, apontado pela Polícia Civil como autor do disparo, está afastado de suas atividades nas ruas", avisou, em nota.