Grupo integralista que assumiu autoria de ataque ao Porta dos Fundos já havia feito ação na Unirio
Em dezembro do ano passado, grupo havia retirado e queimado bandeiras antifascistas de campus da Unirio localizado em região próxima à sede do Porta dos Fundos, na Zona Sul do Rio
A Polícia Civil informou que uma investigação sobre este caso corre sob sigilo na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
O campus abriga o Centro de Ciências Jurídicas e Políticas (CCJP), com os cursos de Direito, Ciências Políticas e Administração Pública, e fica localizado em região próxima à sede do Porta dos Fundos – atacada com coquetéis molotov na véspera do Natal deste ano.
Em ambos os vídeos, homens mascarados aparecem usando o símbolo do integralismo. O integralismo brasileiro foi um movimento nacionalista da década de 1930, com inspirações no fascismo italiano, que teve como destaque o político e escritor paulista Plínio Salgado (1895-1975).
A Frente Integralista Brasileira – que, segundo uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, tem pretensões eleitorais para 2020 e deve lançar candidatos, preferencialmente, pelo PRTB e pelo Patriota – emitiu uma nota se desvinculando do ataque à sede do Porta dos Fundos. "O grupo em questão é desconhecido pela FIB e não possuímos com ele qualquer relação", afirmou.
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Polícia Civil descarta relação entre ataques
Em uma coletiva de imprensa convocada na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil usou a nota divulgada pela Frente Integralista Brasileira para anular a hipótese de que haveria alguma relação entre os ataques na Unirio e à sede da Porta dos Fundos. "Tudo indica que são pessoas diferentes. Nós não podemos fazer esse vínculo. Até porque o grupo que supostamente teria cometido, nega", afirmou o subsecretário Operacional da Polícia Civil, Fabio Barucke, referindo-se à Frente Integralista Brasileira.
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No entanto, se tratam de grupos diferentes. O ataque não foi reivindicado pela FIB, mas sim pelo Comando de Insurgência Popular Nacionalista.
Questionada sobre os resultados da investigação sobre a ação na Unirio em 2018, a Polícia Civil não retornou até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.
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Witzel repudia ataque
O governador do Rio, Wilson Witzel, repudiou o ataque à sede do Porta dos Fundos e "toda forma de violência ou intolerância". Em agenda no Palácio Guanabara, o mandatário fluminense disse que o caminho correto para buscar a reparação de eventuais danos causados por um conteúdo é o Poder Judiciário, não a violência.