Rio de Janeiro - RJ  - 20/01/2020 - Dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro - na foto, fieis na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, zona norte do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 20/01/2020 - Dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro - na foto, fieis na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, zona norte do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Maria Clara Matturo*

O presidente Bolsonaro incluiu as atividades religiosas na lista de serviços essenciais. A edição do decreto feita por ele autoriza o funcionamento de igrejas e outras instituições religiosas, mesmo em meio as restrições contra o coronavírus. No entanto, o texto reforça que estes locais devem seguir as orientações do Ministério da Saúde, que atualmente defende o isolamento social.

Em São Paulo, o governador João Doria do PSDB, pediu que os líderes religiosos mantenham os encontros de forma virtual. O biomédico virologista do IBMR, Raphael Rangel, explicou que a próxima semana será crucial para evitar um pico ainda maior de pessoas contaminadas com a doença e orientou: "Quando abrimos as igreja colocamos a saúde de muitas pessoas em risco, tanto pessoas mais idosas, quanto mais jovens. Uma decisão dessas pode aumentar drasticamente o número de pessoas contaminadas".

Elison Amaral, pastor da Primeira Igreja Batista de Santa Cruz, no Rio, disse que "a decisão de fechar a igreja em foi uma forma social de impedir que o coronavírus se propagasse a tantas pessoas". Como alternativa, Elison criou um grupo com todos os membros da igreja no WhatsApp, que usa para mandar orações, reflexões bíblicas e manter contato com os fiéis constantemente. O pastor informou também que "não há previsão de quando a igreja deve reabrir, nesse momento a maior preocupação é o bem-estar de todos os membros".

O presidente da Comissão Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor, reforçou a importância dos fiéis permanecerem em casa: "Esta é a indicação das autoridades sanitárias competentes e sensatas. Os trabalhos precisam ser mantidos com as condições necessárias, resguardando e cuidando da vida de cada um de nós". Na Itália, mais de 60 padres já morreram vítimas da Covid-19, um terço deles na cidade de Bergamo, região do epicentro da doença no país.

*Estagiária sob supervisão de Max Leone

 

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