Dados das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que Japeri tem um dos piores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio de Janeiro. As maiores reclamações dos moradores do município são a falta de saneamento básico e a falta de pavimentação.
Em julho do ano passado, o então o prefeito da cidade Carlos Moraes (PP) foi preso por associação ao tráfico de drogas. Moraes foi alvo de uma operação entre o Ministério Público do Rio e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que identificou um esquema apontando que uma das maiores facções criminosas do estado teria se instalado nas dependências da Prefeitura de Japeri.
A medida que prevê o reajuste na folha salarial foi publicada em Diário Oficial na última terça-feira (24) e começa a valer a partir do próximo dia 1º de abril. O presidente da Casa, vereador Marcio José Russo Guedes, conhecido como Marcio Manequinha (PHS), disse que a medida beneficia os servidores, e não se estende para os vereadores.
O presidente da Câmara dos Vereadores alega que a medida está prevista em lei e que o déficit salarial é de 2015. Segundo ele a medida estava planejada desde o início deste ano, antes da declaração do surto do novo coronavírus.
Nas ruas, a decisão causou revolta entre a população do município. O servidor público Leonardo Frotte disse que se reuniu com comerciantes para trocar ideias. “O que eles fizeram é um absurdo. Num momento em que o mundo inteiro passa por uma situação de crise não pode ter uma decisão como essa”.
O Sindicado dos Servidores Municipais de Japeri repudiou a medida e disse que os servidores não recebem reajuste salarial há mais de oito anos. De acordo com os representantes da categoria, servidores que residem fora do município não recebem vale transporte para trabalhar.
Até o fechamento desta matéria a preitura de Japeri não havia se manifestado.