Por

O socorro financeiro para pequenas e médias empresas, enfim, saiu do papel. Ontem o governo federal liberou uma linha de crédito emergencial de R$ 20 bilhões, chegando a R$ 40 bilhões em dois meses, com juros de 3,75% ao ano, com carência de seis meses. O crédito visa ajudar empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. Com os recursos será possível pagar os salários de seus funcionários por dois meses durante a pandemia de coronavírus. O pagamento é limitado a R$ 2.090 por empregado. Ou seja, até dois salários mínimos. A contrapartida das empresas será a não demissão destes funcionários por dois meses.

Após muita pressão para que o governo adotasse medidas iguais a que outros países adotaram para diminuir o impacto social e econômico da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciaram o pacote ontem no Palácio do Planalto.

De acordo com Campos Neto, o dinheiro para pequenas e médias empresas vai financiar, no máximo, dois salários mínimos (R$ 2.090) por trabalhador. E isso acabará representando uma perda para quem recebe acima desse valor. Por exemplo, um funcionário que ganhe R$ 3 mil por mês pode receber R$ 910 a menos. Ficará à critério da empresa complementar a renda desse trabalhador.

"O dinheiro vai direto para a folha de pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto para o funcionário, cai direto no CPF do funcionário. A empresa fica só com a dívida", disse Campos Neto.

A operação do programa será feita em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos privados. Do total de R$ 40 bilhões que serão ofertados, 85% virão do Tesouro Nacional e outros R$ 15% de bancos privados, que também serão os responsáveis por assinar os contratos com as empresas e repassar o dinheiro para as contas dos trabalhadores.

Você pode gostar
Comentários