Com o tempo de isolamento social já chegando aos 15 dias, e principalmente depois do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, minimizando a importância da quarentena, já é possível notar um aumento de pessoas se expondo ao risco de contrair a Covid-19 ou espalhar o coronavírus mais rapidamente.
Na cidade do Rio de Janeiro, onde havia até ontem 431 casos confirmados e seis mortes, a sexta-feira foi de orla das praias bem movimentada, como se fosse apenas um dia de férias. Nossa reportagem flagrou, por exemplo, pessoas se exercitando em aparelhos no calçadão de uma praia na Zona Sul carioca. Em alguns casos, bem ao lado de cartazes orientando para que a população fique em casa. E não custa lembrar: os aparelhos públicos de exercício físico oferecem alto risco de contágio, justamente por serem manuseados por várias pessoas.
Na vizinha Niterói, a cena se repetiu, justamente na cidade que tem sido uma das mais atingidas pela pandemia do novo coronavírus (até ontem eram 36 casos confirmados e uma morte). No entardecer foi possível ver que muitas pessoas não respeitaram o confinamento e foram para a Praia de São Francisco.
A prefeitura local tem feito muitas recomendações pela quarentena, além de realizar ações de prevenção ao coronavírus. Ontem agentes sanitários foram até as comunidades do Preventório, em Charitas; e Cavalão, em Icaraí, para a higienização de ruas e vielas. Equipes da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói fizeram a aplicação do mesmo produto usado pela China para desinfecção das ruas do país.
