A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou ontem que subiu para 600 o número de casos confirmados do novo coronavírus no Estado do Rio. Os óbitos também aumentaram: mais quatro mortes foram registradas, chegando a 17 o total de vítimas da Covid-19.
Foram três homens mortos, de 64, 72 e 86 anos; e uma mulher, de 78 anos. Todos residiam na cidade do Rio. Segundo a pasta, ainda há outros 47 óbitos em investigação.
O secretário de Saúde, Edmar Santos, divulgou um vídeo para alertar sobre a necessidade de todos permanecerem em isolamento social, após ver a movimentação nos espaços comuns do condomínio onde mora.
"Essa incapacidade nossa de imaginar o que está acontecendo fez com que a Itália lançasse a campanha 'Milão não para'. Um mês depois, o prefeito veio a público se desculpar. Só Milão tem mais de 5.400 mortos. A Itália tem a maior tragédia humanitária. Aqui será o mesmo caminho, se a gente não ficar em casa e não promover o isolamento social completo", disse ele.
Edmar Santos também endossou sua opinião contrária ao isolamento vertical, sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro, em que apenas idosos e outros integrantes de grupos de risco ficariam isolados.
"Não tenham essa falsa ideia. O vírus passou o mundo inteiro muito rapidamente, é impossível deter", destacou.
O titular da pasta, por fim, comentou sobre o impacto econômico da quarentena: "Óbvio que estamos preocupados com falência de empresas, com pessoas que possam passar fome. Mas o importante é que, se for lá na frente, será muito pior. Não é uma briga da Saúde contra a Economia. É uma Economia com pouco prejuízo agora, ou com muito prejuízo depois, e milhares de mortos acumulados", argumentou. "Não caiam nessas armadilhas, vamos salvar vidas. Fique em casa".
Ontem, o Ministério Público do Estado do Rio e as Defensorias Públicas do Estado e da União divulgaram nota conjunta de apoio às medidas de isolamento horizontal, onde todos aderem às restrições: "É imprescindível a manutenção das medidas restritivas já decretadas", disse a nota.
