Sindicato usou como exemplo os profissionais de saúde na Itália, onde 10% deles foram contaminados
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Sindicato usou como exemplo os profissionais de saúde na Itália, onde 10% deles foram contaminados AFP
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Uma ação civil pública protocolada ontem, no Ministério Público do Trabalho, exige que a rede municipal de Saúde e os principais hospitais privados da cidade apliquem testes rápidos para detectar a Covid-19 em auxiliares e técnicos de enfermagem. A proposta do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio é que os profissionais de Saúde sejam submetidos semanalmente aos testes. Além disso, a ação pede a obrigação do uso de Equipamento de Proteção Individual para a categoria em hospitais públicos e privados.

Segundo o advogado José Carlos Nunes, que representa os sindicatos de auxiliares e técnicos de enfermagem, os profissionais devem ser submetidos aos testes mesmo que não apresentem sintomas, especialmente, aqueles que têm contato com pacientes com coronavírus.

O advogado lembrou que a experiência da Itália mostra que profissionais de saúde representam 10% de todos os contaminados pelo novo coronavírus: "E são esses profissionais os soldados da linha de frente". Nunes ressalta que a orientação do Ministério da Saúde é de que os testes rápidos sejam "urgentemente" utilizados nos profissionais de saúde.

Desde de ontem, entrou em operação uma plataforma online, em que médicos podem comunicar falhas na infraestrutura de trabalho, oferecida por gestores públicos e privados, aos conselhos de Medicina de todo o país.

A ferramenta foi desenvolvida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que a disponibilizou em seu site.

"A plataforma é um dos instrumentos para ajudar os médicos e os outros profissionais da saúde a contar com o apoio que precisam neste momento. Estamos diante de uma das maiores ameaças já vivenciadas pelos sistemas de saúde do mundo, com risco real de sequelas e mortes na população. Nesse processo, as equipes médicas são essenciais. Devemos cuidar para que possam ter condições e a proteção para fazer o seu trabalho", afirmou o primeiro-secretário do CFM, Hideraldo Cabeça.

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