Após mais de uma semana de isolamento social, quase todos os setores da economia já sentiram o impacto da pandemia do coronavírus. Mas, apesar da crise, alguns profissionais tentam soluções criativas para se reinventar e, é claro, sobreviver.
Um caso que ganhou muito destaque nas últimas semanas é do vendedor de mate Fabiano Souza, que viu sua vida mudar quando as praias ficaram vazias. Sem ter como sobreviver, Fabiano do Mate, como é conhecido, até chegou a criar uma vaquinha online. Sem muito resultado, ele agora decidiu fazer entregas domiciliares de mate.
"Estou fazendo isso porque meus clientes estão com saudades do mate e me deram essa ideia. Tenho tomado todos os cuidados necessários e estou bastante otimista. Recebi muitas encomendas", vibra Fabiano, que, de carro, sai aos sábados de Magé para realizar a entrega em vários pontos do Rio.
Hoje, inclusive, é dia de preparar o produto. "Vou a Madureira comprar as garrafinhas. Estou vendendo cada litro por R$ 12. Decidi vender garrafas, porque as pessoas podem comprar e esperar a entrega da semana seguinte", destaca Fabiano.
Outros profissionais também buscam a reinvenção. Jorge Fonseca já trabalhava com suporte de computador, mas realizava os serviços de forma presencial. "Agora, com a pandemia, só dou suporte remoto, porque moro com meus avós e não tem como arriscar sair de casa. Comecei a divulgar semana passada e tiveram algumas pessoas que me procuraram", conta o analista de TI, que prevê um aumento no volume do trabalho com o maior número de pessoas ficando em casa em esquema de home office.
Fernanda Hilburg, por sua vez, é professora de idiomas e, com o cursinho de Inglês onde trabalha fechado, tem se dedicado à divulgação de suas aulas particulares online. "Atualmente, eu só tenho um aluno, mas estou fazendo promoção para alunos novos que desejam aprender Inglês ou Espanhol nesse período de quarentena", destaca.