Eduardo Paes - Reprodução
Eduardo PaesReprodução
Por O Dia
Rio - A Justiça do Rio absolveu o ex-prefeito da capital Eduardo Paes de uma acusação de fraude na contratação de serviços médicos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2013, quando a cidade recebeu o Papa Francisco. Outras seis pessoas também foram absolvidas na ação. Os custos para atendimento aos peregrinos católicos chegaram a R$ 7,5 milhões, e foram assumidos pela Prefeitura dias antes do evento, após o Instituto JMJ declarar que não tinha como pagar as despesas e pedir ajuda ao governo.
O ex-prefeito do Rio usou suas redes sociais para publicar um vídeo e anunciar sua absolvição. "Mais uma inverdade caindo por terra! Segue o baile!", escreveu Paes. "Eu nunca fujo de dar satisfação à população quando sou acusado de qualquer coisa. Mas, não posso deixar de registrar também quando falsas acusações caem por terra. Quando aconteceu a denúncia, inclusive com meu bloqueio de bens, eu sofri todo tipo de acusações, como se condenado já fosse e tivesse de fato cometido o crime", pronunciou-se.
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"Isso mostra que na vida pública a gente tem que sempre responder pelos nossos atos, mas que ações sem fundamento e que buscam tão somente criar um desgaste político, em geral, não prosperam", completa Paes.
A juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal do Rio, entendeu na sentença que os recursos empenhados pela Prefeitura estavam de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e que a JMJ se configura como evento público. "A Jornada Mundial da Juventude, evento no qual se deu a contratação em análise, possuiu contornos de evento público, na medida em que atraiu a presença de vários chefes de Estado, com a presença do representante maior do Estado do Vaticano, além de ter sido acompanhada por milhões de peregrinos e cidadãos brasileiros", anota.
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A magistrada ressalta que houve "claro interesse público no atendimento médico pré-hospitalar em um evento de grande porte" para considerar a inexistência de indícios hábeis a comprovar desvio de finalidade no emprego dos recursos públicos.
Além do ex-prefeito, foram absolvidos da acusação Hans Fernando Rocha Dohman, João Luiz Ferreira Costa, Flavio Carneiro Guedes Alcoforado, Mario Luiz Viana Tiradentes, Leonardo Pan Monfort Mello e Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici. 
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