Por O Dia

Uma operação da Secretaria Municipal de Saúde requisitou, na tarde de ontem, equipamentos de saúde do Hospital Espanhol, no Centro do Rio, fechado há mais de 5 anos. A medida atende às determinações do decreto 47.312, publicado no Diário Oficial do dia 28, regulamentando a requisição administrativa de bens e serviços necessários à prevenção e ao controle da Covid-19 no município do Rio, mediante pagamento de indenização justa. Dentre os itens recolhidos estão ventiladores mecânicos e monitores multiparamétricos, essenciais em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). 

Alexandre Campos, integrante do gabinete de crise da Prefeitura do Rio, apontou que a operação de ontem focou, principalmente, em ventiladores mecânicos, monitores e camas hospitalares, e os materiais serão encaminhados para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, e para o hospital de campanha, ainda em construção no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.

"Os nove ventiladores e os dezesseis monitores serão levados para o Ronaldo Gazolla até a noite de hoje (ontem), e esperamos que estejam em funcionamento até a manhã desta sexta-feira", afirmou Campos. O material destinado ao hospital municipal vai reforçar os leitos de UTI da unidade, de modo a equipar 200 vagas, meta da prefeitura. As camas hospitalares e mobília serão instaladas no hospital de campanha, que deve começar a ser ocupado a partir de 30 de abril ou quando houver ocupação de 70% dos leitos do Hospital Ronaldo Gazolla.   

Negociação com hospital

A prefeitura começou, ainda na semana passada, a negociação com o Hospital Espanhol para retomar as atividades do local e ajudar no atendimento a pacientes com a Covid-19, mas a Anvisa negou a reabertura, porque o prédio não atendia aos parâmetros da agência. Foi tentado, ainda, negociar o aluguel dos equipamentos, demanda negada pelos proprietários.

O prazo para o pagamento da indenização ao Hospital Espanhol não foi definido, porém, Alexandre Campos assegura que o "preço justo" dos equipamentos será avaliado pelo subsecretário de gestão da SMS, Ivo Remuszka.

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