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A Vila Kennedy, na Zona Oeste, será a primeira favela do Rio a receber testes para a Covid-19. A distribuição dos kits é fruto de uma parceria entre a Ribon, startup com foco social, e a recém-criada ONG Favela Sem Corona. Primeiramente, a testagem será feita em profissionais de saúde que atuam na região e, em seguida, nos moradores. O primeiro lote com 100 exames será disponibilizado na próxima segunda-feira. Pelo menos seis comunidades cariocas já registram a doença. A falta do exame preocupa especialistas.

A iniciativa da Ribon e da ONG Favela Sem Corona visa evitar a subnotificação da doença e, por tabela, garantir o combate à proliferação do coronavírus. "Essa parceria é uma forma de colaborar para gerar um impacto maior na vida das pessoas. Quanto mais cedo forem detectados os casos, maiores as chances de evitar que o vírus se espalhe no entorno das comunidades", destaca Rafael Rodeiro, CEO da Ribon.

Além do trabalho de distribuição de testes rápidos, o projeto da Ribon e da ONG Favela Sem Corona também vai ajudar no mapeamento de casos com o 'Mapa do Corona' — que mostrará os casos confirmados em cada bairro do Rio. O mapa vai apontar ainda a faixa etária dos infectados e outros dados úteis para embasar tomadas de decisão de quem está trabalhando no combate ao coronavírus.

"Conseguimos em tempo recorde mobilizar 12 voluntários, fazer parcerias e arrecadar doações para a compra do primeiro lote de testes", vibra o estudante Pedro Berto, idealizador do Favela Sem Corona.

Criada por jovens de Brasília, a Ribon conta com a ajuda de voluntários. O funcionamento da startup acontece por um aplicativo (pode ser baixado gratuitamente) que compartilha notícias positivas sobre assuntos variados. Ao acessar tais conteúdos, os leitores acumulam moedas virtuais - os chamados ribons. Quanto mais eles leem sobre uma determinada publicação, maior a pontuação, que, por sua vez, pode ser doada às causas sociais cadastradas na plataforma. Vale ressaltar que as ONGs disponíveis no app atuam em regiões de extrema pobreza na África e Ásia. A 'Favela Sem Corona' é a primeira no Brasil.

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