Segunda cidade do estado com o maior número de casos da Covid-19, 65 no total, Niterói deu início ontem ao sistema de controle de acesso à cidade, com o objetivo de reduzir a disseminação do novo coronavírus. A medida, que se estende até o dia 18, impede a entrada no município de táxis de outras cidades e reduz em 70% a circulação de ônibus intermunicipais em Niterói. De acordo com a prefeitura, as restrições não se aplicam a motoristas de aplicativos e a caminhões de transporte de carga.
A prefeitura montou 28 pontos em diferentes bairros da cidade, entre barreiras físicas e blitzes de agentes de trânsito, para restringir a entrada de quem vem do Rio de Janeiro, São Gonçalo ou Maricá.
O taxista Guilherme Matheus foi dos que ontem não conseguiram entrar em Niterói. Ele vinha do Rio e argumentou que levava os filhos da namorada para deixá-los com o pai. "As medidas de proteção são válidas, mas precisam ser implantadas de uma forma diferente. Meu carro tem bandeira do Rio, mas não estou a trabalho. Preciso resolver algo pessoal e não estou conseguindo", reclamou.
Na Região Oceânica, a barreira fica na Avenida Central. A Estrada de Itaipuaçu está fechada. Em Pendotiba, há sete pontos de bloqueio. A passagem de veículos só será possível através da Estrada Caetano Monteiro. Na RJ-104, o bloqueio é no trevo de Santa Bárbara.
A Zona Norte tem 12 barreiras. A passagem de veículos só será permitida no viaduto do Barreto e Rua Dr. March. As ruas Dr. Câmara Coutinho, João Batista, Sá Pinto e Travessa Loureiro Cintra estão bloqueadas. Os dois acessos de Venda da Cruz, e as ruas da Cruz, Capitão Geraldo de Oliveira, Cel. Amarantes e Major Goudin também estão fechadas.
No Centro, são seis pontos de bloqueio. Há barreiras na Avenida Feliciano Sodré, junto à Praça Renascença, e na alça de descida da Ponte Rio-Niterói para a Alameda São Boaventura. Não será possível acessar a Avenida Jansem de Melo para quem vem da ponte, pois a rampa de descida está bloqueada.
