População ignorou a quarentena e encheu o calçadão da praia de Copacabana, na Zona Sul - Daniel Castelo Branco
População ignorou a quarentena e encheu o calçadão da praia de Copacabana, na Zona SulDaniel Castelo Branco
Por Lucas Cardoso

Já se passaram mais de 20 dias desde que foi decretada quarentena geral no estado do Rio, mas algumas pessoas ainda insistem em manter suas rotinas como se nada estivesse acontecendo. O Dia circulou, durante a manhã e tarde de ontem, pelas Zonas Norte, Oeste e Central da capital, além de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e presenciou grande fluxo de pessoas nas ruas.

Na Zona Sul, a movimentação estava acima do visto em outros dias. Na orla de Copacabana, por exemplo, um número grande de pessoas praticava esportes na ciclovia. A cena se repetiu no Leblon, onde o calçadão e o mirante tinham movimento igual ao visto em finais de semana pré-pandemia.

A atitude que contraria o pedido de autoridades para que a população mantenha o isolamento social se repetiu do outro lado da cidade, na Zona Norte.

Dividida entre pedestres e vendedores ambulantes, a calçada da Rua Teixeira de Castro, em Bonsucesso, ficou movimentada para um dia de quarentena. Sentado na porta de um supermercado, um desses camelôs, o idoso José Bandeira, conhecido na região como Zé da Bandeira, de 97 anos, embora seja do grupo de risco, se arriscava para vender suas balas. Para o idoso, o isolamento social é um exagero.

"Morreu dez, morreu cem, já pensam que acabou o mundo? Eu nunca vi uma coisa dessas. Não adianta. Se fica em casa, morre. Se vai para a rua, morre. Escolho ficar na rua", brinca o ambulante.

Quem passava pela Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão, também parecia não acreditar muito nos riscos associados à circulação por locais com aglomeração de pessoas.

Procurada sobre a fiscalização das praias e áreas de lazer na cidade, a Polícia Militar informou que segue patrulhando esses locais e pedindo a colaboração da população.

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