Por

Uma pesquisa realizada pelo Hemorio pretende utilizar o sangue de pacientes que estão curados da Covid-19, há pelo menos 15 dias, no tratamento de outros infectados pelo novo coronavírus. A técnica já foi aplicada em casos de ebola e H1N1 e poderá funcionar como mais uma estratégia no combate à doença. A partir desta semana, a equipe de especialistas fará uma série de estudos para utilização do plasma convalescente (do paciente curado) para os quadros mais graves.

"Se os resultados vierem, será mais um meio de salvarmos vidas", disse o secretário de Estado de Saúde do Rio, Edmar Santos. Diferente da vacina, que é a imunização aplicada na prevenção, o tratamento em análise consiste em infundir o plasma - parte do sangue que contém anticorpos - colhido de pacientes curados para transfundir em infectados. Pacientes de todos os municípios do Estado do Rio, que já estejam curados, de 15 a 30 dias, poderão ser convocados e avaliados.

O plasma doado pelos pacientes ficará no Hemorio e será distribuído mediante solicitação dos hospitais que tratam casos graves de Covid-19.

O diretor da unidade, Luiz Amorim, explica que cada plasma coletado pode fornecer tratamento para até três pessoas. "A expectativa é que haja melhora da evolução da doença e redução da mortalidade. No entanto, só os resultados dos estudos determinarão se a abordagem é de fato eficaz", disse.

O plasma convalescente não chega a ser uma novidade no Hemorio. Em parceria com a Fiocruz e a Universidade de Pittsburgh (Estados Unidos), o hemocentro já havia estudado a mesma técnica para o vírus da dengue, com bons resultados em laboratório.

 

Você pode gostar
Comentários