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No Brasil, 56% dos leitos de UTI, estratégicos para o tratamento da Covid-19, pertencem à rede privada. Mas a rede coberta por planos de saúde atende a apenas 25% dos brasileiros. Os restantes 44% de leitos são administrados pelo SUS para atender a 75% da população do país.

Professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano ressalta que, somadas as estruturas das redes pública e privada, o país tem entre 2 e 2,6 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes: "Esse número é melhor do que o índice da Itália e do Reino Unido, por exemplo. O problema é que esses leitos estão concentrados social e geograficamente".

Para enfrentar a desigualdade no acesso ao tratamento durante a pandemia, os pesquisadores defendem que o atendimento aos pacientes graves com Covid-19 sejam feitos de acordo com os quadros clínicos, independentemente de o infectado ser coberto por plano de saúde.

Além de enfrentar a desigualdade social, a medida minimizaria a desigualdade na distribuição geográfica dos hospitais. Sob a coordenação do Ministério da Saúde, os leitos e equipamentos poderiam ser deslocados para estados e regiões provisoriamente e mediante indenizações.

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