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O governador Wilson Witzel anunciou ontem que municípios fluminenses sem casos registrados ou suspeitos de Covid-19 poderão permitir a abertura de estabelecimentos comerciais e a circulação interna de pessoas, desde que sejam reforçadas as barreira sanitárias. Até o momento, 28 cidades do Norte e Noroeste do Estado do Rio estão enquadradas no decreto, mas o número pode mudar conforme os dados epidemiológicos. Ficam mantidas, em locais, as regras para evitar aglomerações e escolas públicas e privadas deverão continuar fechadas.

"As barreiras sanitárias estão dando resultado e nos municípios sem contaminação interna é possível liberar essa circulação. Nossa preocupação, em primeiro lugar, é salvar vidas, mas também temos que olhar para a economia. Fica a critério dos prefeitos, se eles se sentirem seguros", explicou Witzel. "As barreiras permanecem, as pessoas não vão poder circular de um município ao outro. Se surgirem casos, voltam as restrições", completou.

Na lista estão incluídas as cidades de São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, Quissamã, Carapebus, Conceição de Macabu, Varre-Sai, Natividade, Bom Jesus de Itabapoana, Italva, Cardoso Moreira, São Jose de Ubá, Cambuci, Carmo, Miracema, Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Itaocara, Paty do Alferes, Cantagalo, Comendador Levy Gaspparian, São Sebastião do Alto, Santa Maria Madalena, Macuco, Cordeiro, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, São Jose do Vale do Rio Preto e Vassouras.

Também foi autorizado em todo o estado o funcionamento de comércios com regime de entrega em domicílio. "Não há abertura de lojas, é como se fosse vender pela internet", afirmou o governador. Segundo Witzel, o decreto que determina a restrição da circulação de pessoas deve ser prorrogado até 30 de abril, pelo menos.

Por outro lado, Daniel Soranz, da Fiocruz, acredita que o estado tem número expressivo de casos, mas é importante pensar que alguns serviços são essenciais. "Uma medida sanitária ou de isolamento social pode gerar efeito secundário nas pessoas e deve ser avaliado com todo o critério científico. Para tomar uma medida como essa do governador, deveria haver testagem em massa para poder afirmar que o grupo de pessoas nesses locais não teria risco da doença", ponderou .

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