Profissionais de Saúde fizeram homenagem a Jorge Alexandre
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Profissionais de Saúde fizeram homenagem a Jorge Alexandre Divulgação
Por Luana Dandara

A Covid-19 fez mais uma vítima entre os profissionais de saúde. Morreu na noite de segunda-feira Jorge Alexandre, de 47 anos, técnico de enfermagem do Hospital Municipal Lourenço Jorge, unidade de referência no tratamento contra a doença.

Segundo Carol Monsores, de 24 anos, o pai foi diagnosticado com o novo coronavírus na última sexta-feira. No sábado, foi internado em um hospital privado na Zona Oeste. O técnico de enfermagem sofria de diabetes, hipertensão e sobrepeso. Ele deixa outros três filhos, de 18, 24 e 27 anos.

"Infelizmente, foi rápido. Apenas dois dias depois de ser diagnosticado com coronavírus, 50% do pulmão dele já estava comprometido. Falava com ele por vídeo chamada, a última vez que nos encontramos pessoalmente foi no dia 27 de março. Meu pai gostava muito de almoçar em família", lamentou Carol, que definiu a relação com o pai como "de filme".

Ontem, os profissionais do Hospital Lourenço Jorge fizeram uma salva de palmas na porta da unidade em homenagem ao amigo. Levantaram, ainda, uma mensagem de agradecimento para Jorge. "Nosso amigo da enfermagem, sentiremos saudades. Que Deus conforte os corações em luto. Descanse em paz".

O técnico de enfermagem, entretanto, não foi a única vítima da pandemia. Segundo uma estimativa do Sindicato dos Médicos, mais de 1,5 mil profissionais de saúde já foram infectados pelo coronavírus, sendo dois óbitos de médicos divulgadas na semana passada.

O Sindicato dos Enfermeiros também estima pelo menos três mortes de enfermeiros no estado. Mas a presidente do sindicato alerta que há subnotificação. "Como não há testes nem mesmo para os profissionais de saúde, o número de óbitos e de infectados é ainda maior", destacou Mônica Armad.

Oficialmente, a Secretaria de Estado de Saúde informou que não há registros de óbitos na rede estadual. Um total de 493 agentes de saúde dessas unidades foram afastados do trabalho por suspeita ou confirmação de coronavírus. O número representa 2,5% dos profissionais que atuam nas emergências e UPAs do estado. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio não informou dados da capital.

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