
É comum, durante alguns momentos da vida, que o pet apresente sinais de apatia e não queira brincar ou comer. Isso pode acontecer após ele ter corrido ou brincado bastante, ou porque comeu algo que não lhe fez bem, por exemplo.
A morte de alguém muito próximo ou de um pet com quem o cão convivia pode desencadear depressão. De acordo com especialistas em saúde animal, as perdas afetivas são causa de 70% dos casos de depressão canina.
Se o cachorro estiver acostumado com uma rotina compartilhada com pessoas específicas, ele pode estranhar a inclusão de um novo pet ou uma nova pessoa na família, seja criança ou adulto. O estresse gerado pela nova convivência desenvolve um quadro depressivo
Quando o pet não tem liberdade para se movimentar ou se fica privado de passeios e caminhadas, o estresse acumulado pela ausência de atividades pode se transformar em depressão.
Cirurgias, atropelamentos e maus tratos podem gerar apresentar comportamentos alterados de apatia.
Sentimento de abandono
Ele é uma das principais causas de depressão canina. A rotina agitada dos donos acaba impedindo que os pets recebam a atenção de que necessitam. O fato de passarem muito tempo sozinhos faz com que eles se sintam abandonados.
A depressão canina, em alguns casos, é confundida com a SAS – Síndrome da Ansiedade de Separação. Isso ocorre porque os cachorros também podem se comportar de forma ansiosa e atípica.
Mas, além desse quadro, cães depressivos podem apresentar os seguintes sintomas:
Passeios, brincadeiras e troca de carinhos deixam de ser interessantes para o pet e ele tende a evitá-las e manter-se isolado.
Esse processo pode se iniciar com o excesso de lambedura, sobretudo nas regiões das extremidades do corpo, como patas e cauda. Mordidas e lambidas nessa região podem causar lesões sérias
O cão deprimido tentará evitar carinhos demonstrando apatia ou agressividade.
O pet não deixa de esperar pelos momentos das refeições e tende a rejeitar os alimentos que antes ele gostava.
O cachorro depressivo passa a querer ficar quieto em sua cama e passa a maior parte do dia dormindo.
Tratamentos e prevenção
Se estes sinais forem percebidos em um pet, é preciso levá-lo a um veterinário o quanto antes. Após fazer uma avaliação clínica detalhada e analisar exames laboratoriais para descartar outras doenças, o profissional será capaz de dar um diagnóstico preciso.
O tratamento de depressão canina consiste em medicamentos para amenizar os sintomas e encaminhamento a terapias especializadas. Remédios homeopáticos, antidepressivos e outros medicamentos alopáticos diversos podem ser prescritos.
No caso das sessões de terapia, elas são indicadas para que um profissional especialista em comportamento canino tente descobrir os gatilhos que desencadeiam a depressão para poder sugerir a abordagem mais adequada para os cuidados com o pet.
Para evitar que o animal passe por um quadro depressivo, a Dra. Livia sugere que o tutor deva tomar as seguintes medidas:
Estabeleça uma rotina de passeios e brincadeiras para o pet;
Proporcione um ambiente amplo, limpo e arejado para que ele tenha condições de se movimentar e se proteger do sol e da chuva;
Se ele passa muito tempo sozinho, enriqueça o ambiente com brinquedos atrativos que façam com que ele libere a tensão;
Dê bastante carinho e demonstre o quanto ele é importante para você;
Evite mudanças bruscas. Caso seja necessário incluir um novo pet ou um novo membro humano na família, faça isso aos poucos para que seu amigo se acostume com o novo integrante;
Proporcione uma alimentação rica em nutrientes e mantenha a água do pet sempre limpa e fresca;
Mantenha o calendário de vacinas, vermifugação e antiparasitas sempre em dia.
Além de seguir essas recomendações para evitar a depressão canina, não deixe de levar o pet para fazer um check-up veterinário no mínimo a cada 6 meses.




