Ontem foi o primeiro dia de utilização de drones para fazer alertas à população sobre a Covid-19. Aparelho foi apresentado no Riocentro - Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Ontem foi o primeiro dia de utilização de drones para fazer alertas à população sobre a Covid-19. Aparelho foi apresentado no RiocentroRicardo Cassiano/Agencia O Dia
Por Rachel Siston*

Rio - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, solicitou ao governo federal a devolução de 100 respiradores mecânicos cedidos ao Ministério da Saúde, no início da pandemia de Covid-19. O anúncio do pedido aconteceu ontem, durante a apresentação dos primeiros equipamentos médicos vindos da China, que serão destinados ao hospital de campanha no Riocentro.

"Esses equipamentos foram arrestados. Optamos por não recorrer à Justiça, porque na época não precisávamos. Seria bom que uma parte voltasse agora ao Rio de Janeiro", disso o prefeito.

Direto da China

A prefeitura comprou mais de 18 mil equipamentos, no valor de R$ 370 milhões. Já chegaram ao Brasil um tomógrafo, que vai ampliar a precisão do diagnóstico do vírus; duas autoclaves e duas termodesinfectadoras para esterilizar instrumentos médicos e materiais hospitalares.

Outros dez tomógrafos chegarão entre os dias 22 e 27 deste mês. A prefeitura ainda irá buscar, na China, com ajuda dos aviões da FAB, 806 respiradores, 3 milhões de máscaras e óculos, além de 400 carrinhos de anestesia, que podem ser usados como respiradores, raios-X digitais, aparelhos de ultrassonografia e eletrocardiograma. Os voos ocorrerão nos dias 27 de abril e maio.

Crivella explicou que o material será pago em 5 anos e aproveitou para reforçar a necessidade do isolamento social.

 

Parceria em combate ao crime organizado
O projeto Alerta Brasil, firmado entre a Prefeitura do Rio e a Polícia Rodoviária Federal, prevê o uso de câmeras da prefeitura para combater o crime organizado, monitorando veículos roubados que constam no cadastro da PRF, para coibir roubo de cargas, tráfico de drogas e armas.

De acordo com o superintendente da PRF no Rio, Silvanei Vasques, a interligação dos sistemas deve começar a funcionar no máximo em 30 dias. Para Vasques, a expectativa é de que haja melhora nos índices de violência na cidade. “Em 2019, apreendemos nas rodovias do Rio de Janeiro 24 toneladas de drogas e mais de 250 fuzis. Com certeza, vamos melhorar muito os índices e a sensação de segurança do cidadão carioca.”

A parceria também vai proporcionar a construção de uma escola de ensino fundamental e médio na Rodovia Presidente Dutra com Avenida Brasil, em Irajá, na Zona Norte. “Nós vamos ter o segundo período do ensino fundamental e, também, o nível médio. É uma escola espetacular, com Vila Olímpica, em uma área linda em Irajá. Será muito bem localizada porque ao lado haverá uma estação do BRT. Vamos oferecer à população do Rio uma instalação espetacular", completou o prefeito.

Publicidade
Drone para dispersar aglomeração junta grupo de curiosos em Campo Grande
O “drone falante” da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) fez seu primeiro sobrevoo ontem, em uma ação do Disk Aglomeração no calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, bairro com maior demanda do serviço de dispersão de pessoas. O aparelho é equipado com alto-falante para orientar a população sobre a importância de ficar em casa e de manter a distância de outras pessoas, caso precise sair.

A decolagem despertou a curiosidade de algumas pessoas, provocando uma aglomeração que precisou ser dispersada pelos agentes do Disk. O equipamento circulou a área do entorno do relógio do calçadão, flagrando grande movimento no local, e auxiliou no reforço das orientações passadas por guardas municipais e policiais militares que integram a ação. Além de emitir os alertas, o drone vai ajudar a monitorar a capital fluminense, já que suas imagens serão transmitidas em tempo real para a base operacional do Riocentro, onde funciona o Gabinete de Crise da Prefeitura, e para o Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova.

O Disk aglomeração foi lançado há duas semanas e até a última quarta-feira realizou 2.260 atendimentos. Os bairros com mais chamados foram Campo Grande, Bangu, Centro, Santa Cruz, Tijuca, Copacabana, Taquara, Barra da Tijuca e Madureira. A ação funciona com base em chamados para a Central 1746 e, há uma semana, utiliza sinais de celulares para detectar pontos de aglomeração, por meio de parceria com uma operadora de telefonia e o com o COR.
* Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro
Você pode gostar
Comentários